Raro
de ser encontrado, muito precocemente o talento é ceifado pelos progenitores,
pela escola, pela religião e mais tarde pela sociedade.
Os
comportamentos sociais ditos adequados devem se ater a um determinado
“consenso”.
Nada
mais castrador para o ser humano que o chamado “consenso”.
Pensar
e agir como a maioria estabelece como ideal gera sempre a mediocridade que a
todos sufoca.
O
talento, para ser desenvolvido, precisa de liberdade, de riscos, de vencer
medos, enfim, de romper as barreiras que costumam aprisionar as pessoas.
Não
interessa às sociedades organizadas indivíduos talentosos, criativos. Ao
contrário, apenas os obedientes, submissos, medíocres e conformados serão úteis
ao sistema como um todo.
Seguir
dogmas, mitos e regras, sem questioná-los é a chave de sucesso para as boas
economias de mercado e sociedades de consumo.
Infringir as regras do mercado que nos são impostas por
propagandas subliminares, seria a destruição de várias indústrias tais como: a
da estética, a da beleza, a da moda e tantas outras que ditam, através de
lavagem cerebral, o que deveremos vestir, o padrão estético de beleza do
momento, a maneira de usar os cabelos, o consumo de produtos que prometem a
juventude eterna, enfim, toda uma gama de propaganda enganosa.
São
criados modismos, e a carneirada totalmente alienada segue a qualquer custo o
padrão estabelecido, formando uma única massa, isenta de singularidade e, o que
é pior, atrofiada na sua capacidade pensante.
Dessa
maneira, questionadores compulsivos impedem a transmissão da corrente de
burrice necessária ao pleno desenvolvimento do modelo econômico que vivemos.
Imagine
a humanidade cônscia de sua força e de seu poder!
Muito
mais confortável é o pertencimento à grande massa anestesiada por tarefas
desinteressantes, aquisição de objetos desnecessários, tempo de vida atirado ao
não questionamento, totalmente dedicada ao autocentrismo.
Talvez
por essa razão, desde sempre, sejam tão perseguidas no mundo as minorias, sejam
elas indígenas, negras, asiáticas, gays, que têm a liberdade como um bem maior.
Não
somos condicionados a aceitar as diferenças e, muito menos, a respeitá-las.
Certo
grau de subversão da ordem vigente é a única possibilidade de crescimento da
raça humana.
Gabriel
Novis Neves
21-05-2015
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