Não
vejo muita gente preocupada com isso e muito menos mencionando esse termo.
Entretanto,
constato que grande parte dos problemas interpessoais está calcada justo na
falta de adequação, ou seja, na inadequação.
Pessoas
que, incapazes de perceber a linha tênue entre cerimônia e intimidade, invadem
com frequência a privacidade alheia.
Estão
sempre se colocando numa situação acima daquela em que momento demanda,
impondo-se em horas erradas.
São
imediatamente rotuladas de mal-educadas, inconvenientes e invasivas. No
entanto, no fundo, são apenas inadequadas.
A
classe artística e alguns famosos sabem bem do que estou falando, pois, não
raro, têm as suas privacidades invadidas nos momentos mais inoportunos.
Outros
comportamentos equivocados aparecem também quanto ao traje usado para ocasiões
diversas.
É
o caso, por exemplo, de alguém que vai para uma entrevista de trabalho com
roupas chamativas, decotes profundos, enfim, tirando o foco para as
especificações demandadas para o trabalho.
Muito
comum também é usar amigos comuns para pedidos despropositados.
Igualmente
inadequados são aqueles que tentam exercer poderes de sedução em momentos em
que a presa a ser seduzida está totalmente envolvida em questões adversas de
vida. Isso é frequente, não só na vida amorosa, mas também na vida política.
Subserviência
é outra coisa que incomoda, e coloca o subserviente em situação humilhante.
No
meu entender, inadequação tem muito mais a ver com inteligência do que
propriamente com bons modos e educação na convivência diária.
Um
mínimo de policiamento interno e, até mesmo, de intuição, evitaria as inúmeras
esparrelas causadas pela falta de
adequação à realidade da vida.
Gabriel
Novis Neves
21-05-2015
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