Vendo
uma recente entrevista desse gênio da arquitetura moderna, o espanhol Santiago
Calatrava, me dei conta da enorme diferença entre o ganho de capital e o ganho
advindo do brilhantismo e da inteligência, enfim, do verdadeiro mérito.
Calatrava
nasceu em Valência, numa família de classe média alta e se mostrou desde
pequeno um desenhista compulsivo.
Teve
desde cedo suas habilidades incentivadas e cursou Belas-Artes e Arquitetura.
Aos 22 anos, não satisfeito com que havia apreendido, foi fazer Engenharia na
Suíça.
Atualmente
tem obras arquitetônicas importantes espalhadas por todo mundo, inclusive no
Rio de Janeiro, que em breve será ostentada na zona portuária inovada.
Ao
contrário dos empresários bem sucedidos que conhecemos, Calatrava mostra-se uma
pessoa simples, tranquila, apenas encantada com suas obras.
Estamos
mais habituados a vincular as grandes fortunas adquiridas ou herdadas apenas
pela habilidade no jogo das atividades financeiras ou pelo uso da mais valia,
ferramenta fundamental no capitalismo e, dessa forma, tendemos a não valorizar
as verdadeiras fortunas, as advindas, automaticamente, da qualidade do trabalho
de cada um.
Pais
modernos têm a grande tendência a dirigir seus filhos para atividades que
signifiquem sucesso financeiro rápido, desviando, às vezes, alguns reais
talentos de suas aptidões prioritárias.
Como
vivemos na era do “parecer ser”, e não, do “realmente ser”, a maioria dos pais
têm mais orgulho em transformar os filhos em celebridades do que
verdadeiramente em pessoas encantadas com as suas aptidões, ainda que não tão
rendosas.
Feliz
daquele que, sem temer qualquer tipo de sistema, pode sobreviver dignamente das
suas habilidades profissionais e tornar-se independente dos lucros de capital e
do trabalho alheio.
Gabriel
Novis Neves
20-06-2015
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