terça-feira, 19 de novembro de 2013

Violência policial

Lamentavelmente mais  uma manchete negativa para o nosso país: a de ter a polícia  mais violenta do mundo.
Determinados guetos, em várias partes do país, para serem visitados necessitam  de verdadeiras técnicas de guerrilha.
Afinal, através de um aparente estado de direito estaríamos, na verdade, dissimulando uma verdadeira guerra civil?
O número de pessoas mortas é assustador, segundo balanço  de violações dos direitos humanos divulgado pela Anistia Internacional, com investigação em 159 países.
O Brasil foi colocado entre as 112 nações que no ano passado mais torturaram os seus cidadãos. Também está no grupo de cinquenta países onde as forças de segurança cometeram homicídios em tempos de paz.
Historicamente a brutalidade e a força têm marcado as sociedades na tentativa da polícia garantir um controle eficiente da população.
Nos séculos XVII e XVIII, o Estado Francês foi o responsável por manter uma polícia forte e autoritária.
Com o passar dos anos, os países subdesenvolvidos e os em desenvolvimento, por terem menos noção dos direitos civis, passaram a usar esses modelos, já que o poder judiciário nem sempre investiga esses casos de violência policial.
Urge que se faça uma reforma do sistema de segurança.
Não podemos mais conviver com dados comparativos com países desenvolvidos como, por exemplo, os  Estados Unidos que, apesar de terem uma população em torno de trezentos milhões de habitantes, apresentam um índice  de mortos por violência  quatro vezes menor que o nosso. Isso sem falar que temos uma população de duzentos milhões.
Infelizmente, as populações mais carentes são as maiores vítimas de todas essas distorções sociais.
É preciso atentar que todas as técnicas até então usadas têm se mostrado obsoletas, fazendo apenas com que cresçam as estáticas assustadoras.
Apesar do nosso aparente estado de paz, na verdade, estamos diante de uma verdadeira guerrilha urbana, tornando a população cada dia mais acuada.
Que país queremos deixar para os nossos filhos e netos?
Até quando veremos toda uma sociedade aparentemente anestesiada diante de fatos tão graves?

Gabriel Novis Neves
07-11-2013

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