Síndrome
bastante conhecida pelas mulheres. A tensão pré-menstrual (TPM) é muito
desconfortável para elas, e bastante temida por seus companheiros.
Na
Suíça, mulheres que cometem crimes durante a passagem do vento “phène”, têm,
por parte da justiça, uma pena mais branda e atenuada – pois provocam graves
consequências no psiquismo.
No
Brasil não temos notícia de tais atenuações, porém, dados dos presídios
femininos comprovam que, pelo menos, a metade dos delitos cometidos acontece no
período pré-menstrual.
Dada
às inúmeras alterações hormonais que precedem esse período, costuma ocorrer no
organismo um grande edema generalizado.
Dessa
forma, o edema cerebral seria o responsável pelo desconforto e pelas inúmeras
alterações psicológicas que acomete
grande parte das mulheres.
Exacerbações
de personalidades são vistas com frequência nessa fase, e são responsáveis por
vários problemas na convivência familiar.
Mulheres
fortes se tornando extremamente agressivas, as mais descoladas apresentando
laivos de exibicionismo, as carentes com crises de baixa autoestima, enfim,
toda uma gama de comportamentos que, com frequência, tornam quase impossível a
convivência no dia a dia.
Aliada
a esse desconforto mental, ainda existe o desconforto físico, pois ocorre
aumento de peso, mamas inchadas e doloridas, dores lombares, em suma, queixas
generalizadas.
Cabe
ao homem, esse ser mais uniforme nos seus humores, lidar com amor e compreensão
com essa fase feminina, felizmente passageira ao fim de uma semana, quando
ocorre uma nova menstruação.
Nos
dias atuais, já existe à disposição das mulheres, novas drogas e técnicas que
são capazes de minimizar os sintomas – não raro, insuportáveis.
A
mulher, esse manancial de sensibilidade, paga um alto preço pelo seu
comprometimento com a maternidade, compensado plenamente com as alegrias daí
advindas.
Não
é pequeno o número de casais que se torna muito mais unido quando não mais
sujeitos às intempéries da sexualidade.
Nós,
ginecologistas e obstetras, vemos tudo isso de uma maneira filosófica, quase
como um grito da natureza, inconformada com a perda de mais um ciclo biológico.
Gabriel
Novis Neves
26-10-2013
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