O
professor Vivaldo Lopes, economista da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato
Grosso, afirmou em recente entrevista que as dívidas do Estado com as obras da
Copa aumentaram em um bilhão e oitocentos milhões de reais.
O
importante é saber se esses investimentos, tão necessários à cidade de Cuiabá,
trarão retornos econômicos e sociais à nossa gente, que está pagando as obras.
Antes
da Copa estava fechado para o Estado e município qualquer tipo de empréstimo
bancário, respeitando a Lei da Responsabilidade Fiscal.
Com
a natural euforia da Copa, e com a possibilidade única de um embelezamento da
cidade, a Assembleia Legislativa autorizou mediante leis especiais - e o
governo federal aceitou - novos endividamentos.
Essa
preocupação que socializo é de toda a nossa população. Ela se cala, pois no
Brasil não é permitido discordar do governo. Quem assim procede é chamado de
traidor da pátria.
Todos
estão satisfeitos com os melhoramentos físicos que farão a modernização da
velha capital, cujas obras um dia ficarão prontas, porém, temerosos de se
repetir aqui a “tragédia grega” quando, por ocasião das Olimpíadas na Grécia,
e, recentemente, com os luxuosos monumentos caríssimos construídos na África do
Sul, sede da Copa do Mundo de 2010.
Muitas
dessas maravilhas arquitetônicas estão abandonadas, sendo que algumas delas
foram demolidas.
As
dívidas que o Estado assumiu terão que ser pagas, impossibilitando assim
qualquer tipo de investimento pelos próximos anos.
Sabemos
que necessitamos de rodovias padrão FIFA para exportar as nossas riquezas do
agronegócio e, sem elas, os nossos produtos se tornam pouco competitivos no
mercado internacional.
É
urgente investir pesadamente na área social, especialmente, educação, saúde e
segurança.
Sem
recursos financeiros essas conquistas, que melhorariam o nosso índice de
desenvolvimento humano (IDH), dificilmente serão viabilizadas, e o Estado
continuará à margem do desenvolvimento.
O
alerta do professor Vivaldo nos deixou preocupados com relação ao nosso futuro.
A
sorte está lançada. Vamos torcer para que esse imenso sacrifício do nosso povo
se traduza no tão sonhado retorno social para a nossa capital e Estado.
Gabriel
Novis Neves
08-11-2013
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