terça-feira, 26 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA NEGRA

O correto seria que no dia 20 de novembro comemorássemos o “Dia da Consciência da Raça Humana”, cuja cor da pele não interfere nos seus valores.
 “Consciência Negra” transmite um preconceito contra brancos, amarelos e indígenas, motivando que pessoas com essas cores de pele reivindiquem, também, uma data para reverenciar os seus heróis.
Acho todo preconceito odioso, e defendo o seu extermínio pela educação.
Dia desses, em um táxi, ouvi no noticiário nacional o resultado de recente pesquisa abrangendo, aproximadamente, duas mil e quinhentas pessoas.
O Instituto merecia a nossa credibilidade. O locutor anunciou que trinta por cento da população consultada sobre a união de pessoas do mesmo sexo tinham declarado que não apoiava e, o restante, que sim.
O sociólogo da emissora entrou no ar para explicar o resultado. Disse que trinta por cento dos entrevistados declararam abertamente o seu voto. Os outros se esconderam no politicamente correto, falsificando o resultado da pesquisa.
Existe sim, um enorme preconceito com relação aos homoafetivos. As estatísticas sobre mortes violentas, assassinatos, humilhações, dificuldades de emprego e outras desgraças, encontramos, sem muito esforço, diariamente nas páginas dos jornais.
Na prática essa é a realidade, contrariando a pesquisa. Há preconceito sexual neste país.
Com o negro acontece algo parecido. Algumas personalidades chegam a declarar que não existe racismo no Brasil.
Não é verdade. Somos ainda extremamente preconceituosos com relação à cor da pele dos nossos irmãos não brancos, embora o fator determinante da raça de um indivíduo seja, única e exclusivamente, o seu DNA.
Está na memória da nossa gente, por ser um fato recente, o fato em que dois garotos gêmeos foram submetidos ao referido teste.
O resultado surpreendeu a população: um era branco e outro negro, embora a cor de suas peles fosse idêntica.
Apesar dos avanços alcançados para eliminarmos de fato com esse fator desagregador, ainda não conseguimos extingui-lo.
Cito como exemplo a adoção de crianças, onde a grande maioria prefere uma criança de pele branca. Isso se reproduz nos salários, natureza dos cargos, violência, onde a população de pele negra é discriminada.
Até o feriado para lembrar a morte de Zumbi dos Palmares só foi adotado por um quinto dos cinco mil e quinhentos municípios brasileiros, assim como menos de um terço dos
Estados brasileiros decretou feriado em seus territórios.
Há racismo no Brasil em pleno século XXI, o que é inaceitável para uma nação civilizada.
Só através da educação poderemos transformar em realidade a luta de Luther King – “Eu tenho o sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor da sua pele”.

Gabriel Novis Neves 
20-11-2013

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