Impressionante
a inversão total de valores no mundo em que vivemos atualmente.
Muitas
pessoas, sem o mais remoto valor cultural, em qualquer área, conseguem se
transformar - graças a um bom esquema de marketing, e num pequeno espaço de
tempo - em verdadeiros ídolos, cultivados à loucura por gregos e troianos.
No
mundo artístico isso é visível no cotidiano, com o aparecimento de pessoas
famosas surgidas do nada e que, na sua maioria, até agridem a sensibilidade dos
mais refinados culturalmente.
Entretanto,
figuras como Peter Higgs, o físico inglês ganhador do Prêmio Nobel de Física de
2013, teve uma pequena nota de jornal, sem maiores referências quanto ao
brilhantismo de sua descoberta.
Com
bastante probabilidade, talvez estejamos diante do fato científico mais
importante do século, capaz de revolucionar o mundo em que vivemos, dando
visibilidade e veracidade à história da humanidade e, portanto, de nós mesmos.
Quem
sabe, não nos interesse enaltecer fatos ou figuras que possam desmistificar os
nossos inúmeros dogmas, mitos e fantasias que carregamos há séculos.
O
referido físico - homem simples, avesso à luz falsa dos holofotes, aliás, como
todos os sábios, despreza, inclusive, o uso de celulares, máquinas de calcular
e computadores - simplesmente
desapareceu logo após a indicação do prêmio.
A
Partícula de Higgs, também chamada Partícula de Deus, descoberta em 14 de março
de 2013, o chamado bóson ou bosão, representa a chave para explicar a origem da
massa de outras partículas elementares.
Trabalhando
ao lado do físico belga François Englert, também vencedor do prêmio Nobel de
Física de 2013, e de cujos estudos sairiam a explicação da origem da massa das
partículas subatômicas, ou seja, a possibilidade de confirmação científica de
tudo que existe em volta de nós.
Segundo
as últimas constatações o universo existe há treze bilhões e setecentos milhões
de anos, enquanto o planeta Terra há, apenas, quatro bilhões e cinquenta e
quatro milhões de anos.
Quantos
outros tantos anos serão necessários para que o nosso pequeno acampamento
comece a divulgar fatos de tamanha relevância, ao contrário do que acontece nos
grandes centros científicos mundiais?
A
nossa juventude merece esse mimo, mesmo tendo que conviver com o festival de
futilidades impingidas pelo mundo moderno.
Gabriel Novis Neves
19-10-2013
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