segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Celebridades

Impressionante a inversão total de valores no mundo em que vivemos atualmente.
Muitas pessoas, sem o mais remoto valor cultural, em qualquer área, conseguem se transformar - graças a um bom esquema de marketing, e num pequeno espaço de tempo - em verdadeiros ídolos, cultivados à loucura por gregos e troianos.
No mundo artístico isso é visível no cotidiano, com o aparecimento de pessoas famosas surgidas do nada e que, na sua maioria, até agridem a sensibilidade dos mais refinados culturalmente.
Entretanto, figuras como Peter Higgs, o físico inglês ganhador do Prêmio Nobel de Física de 2013, teve uma pequena nota de jornal, sem maiores referências quanto ao brilhantismo de sua descoberta.
Com bastante probabilidade, talvez estejamos diante do fato científico mais importante do século, capaz de revolucionar o mundo em que vivemos, dando visibilidade e veracidade à história da humanidade e, portanto, de nós mesmos.
Quem sabe, não nos interesse enaltecer fatos ou figuras que possam desmistificar os nossos inúmeros dogmas, mitos e fantasias que carregamos há séculos.
O referido físico - homem simples, avesso à luz falsa dos holofotes, aliás, como todos os sábios, despreza, inclusive, o uso de celulares, máquinas de calcular e computadores -  simplesmente desapareceu logo após a indicação do prêmio.
A Partícula de Higgs, também chamada Partícula de Deus, descoberta em 14 de março de 2013, o chamado bóson ou bosão, representa a chave para explicar a origem da massa de outras partículas elementares.
Trabalhando ao lado do físico belga François Englert, também vencedor do prêmio Nobel de Física de 2013, e de cujos estudos sairiam a explicação da origem da massa das partículas subatômicas, ou seja, a possibilidade de confirmação científica de tudo que existe em volta de nós.
Segundo as últimas constatações o universo existe há treze bilhões e setecentos milhões de anos, enquanto o planeta Terra há, apenas, quatro bilhões e cinquenta e quatro milhões de anos.
Quantos outros tantos anos serão necessários para que o nosso pequeno acampamento comece a divulgar fatos de tamanha relevância, ao contrário do que acontece nos grandes centros científicos mundiais?
A nossa juventude merece esse mimo, mesmo tendo que conviver com o festival de futilidades impingidas pelo mundo moderno.

Gabriel Novis Neves
19-10-2013

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