Estou ficando velho mesmo.
Ontem cedo, por causa do fuso horário, recebi fotos do meu bisneto que nasceu e mora em Portugal. Estava indo para a escola fantasiado.
Pensei ser cultura europeia fantasiar os alunos da pré-escola às vésperas do carnaval.
Logo depois, a minha cozinheira me mostra uma foto do seu netinho fantasiado indo para uma escola no bairro Imperial. Mesmo assim tudo terminou com as fotos.
No final da tarde do dia que antecede ao sábado de carnaval, recebi a visita da minha bisneta de quatro anos lindamente fantasiada.
Tinha acabado de assistir às aulas.
Perguntei se na sua escola era obrigada a ir fantasiada na sexta-feira de carnaval.
Disse-me que sim, e a sua fantasia fora comprada por seu pai pela internet de um site da China.
Convenci-me que realmente os anos tinham passado para mim.
Na época da sua mãe, minha neta, as crianças não usavam fantasias nas aulas de sexta-feira de carnaval.
Meu filho caçula me disse, que quando seus filhos eram menores, já havia sido implantado esse hábito, na pré-escola.
Valeu a pena a pregação do filósofo, professor, membro da Academia Brasileira de Letras, quando ministro da Educação e Cultura, no Ginásio de Esportes da UFMT, por ocasião de uma colação de grau unificada disse:
“O carnaval é a maior expressão cultural do nosso povo”!
Aprendemos bem a lição, para utilizar essa manifestação de cultura popular nas salas de aulas da pré-escola.
O carnaval de rua e clubes de Cuiabá não existem mais, a não ser a saudade que deixou aos antigos.
Gabriel Novis Neves
26-02-2022
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