terça-feira, 8 de março de 2022

ATÍLIO OURIVES


Foi meu colega na Escola Modelo Barão de Melgaço, que funcionava onde hoje é o “Ganha Tempo” na Praça Ipiranga.


Nossa professora primária de 1942-1945 foi Aureolina Eustáquio Ribeiro (Prof. Oló).


Depois estudamos no Colégio dos Padres (1946-1950), onde concluímos o antigo curso ginasial.


Atílio entrou para a Congregação Salesiana e foi terminar seus estudos em Lins (São Paulo).


Eu cursei dois anos no Colégio Estadual e terminei o cientifico (2º grau), no Colégio Anglo Americano no Rio de Janeiro.


Depois, fiz o vestibular de medicina e fiquei 10 anos no Rio.


Perdi o contato com o Atílio.


Fiquei sabendo que tinha abandonado a vida eclesiástica e, estudava Direito na Faculdade Federal de Direito de Cuiabá.


Trabalhava nos Correios e lecionava na rede estadual de ensino.


Quando retornei à Cuiabá, fiquei sem saber dele, pois nessa ocasião era Procurador de Justiça do recém-criado município de Dom Aquino.


Assumi em maio de 1968 a Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Estado (SEC), pelo prazo de 60 dias.


Estava completando meu prazo na SEC quando estourou uma grande crise no Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá (ICLC), subordinado a SEC!


Seu diretor executivo e seus dois diretores o acompanharam na decisão de deixarem o ICLC.


Depois de um dia de análises de nomes de educadores e contatos frustrados comandados pelo próprio governador Pedrossian, este deixou a reunião à noite, me incumbindo de escolher o novo diretor executivo do ICLC.


Quando tudo caminhava para um impasse, lembrei-me do colega de primário e ginásio com excelente formação acadêmica.


O Secretario da Justiça presente (Leal de Queiroz), me informou que ele trabalhava e morava em D. Aquino. Era Procurador de Justiça do Estado.


Disse que conseguiria mantê- lo com todas as vantagens do cargo, caso assumisse a direção do ICLC.


Ele ficou encarregado de trazê- lo para Cuiabá.


Ficamos no Palácio Alencastro esperando a sua chegada, já de madrugada.


Demorou um pouco, pois o Atílio não estava entendendo nada, e procurou o Dorileo.


Antes, tinha sido procurado por Benedito Pedro Dorileo, para ser seu chefe de gabinete na Secretaria de Educação, já que o prazo acertado com o governador para minha permanência estava exaurindo!

Dorileo o liberou e ele apareceu no “gabinete de crise” e aceitou as condições oferecidas para assumir o ICLC!


Com a crise no ICLC, permaneci como secretario de educação até o ultimo dia do governo Pedrossian, e no dia seguinte fui nomeado por portaria do Ministro da Educação Jarbas Passarinho, reitor pro- tempore para implantar a UFMT.


Semanas após assumir o ICLC, Atílio me pediu que conseguisse para Dorileo os mesmos benefícios do Judiciário, para que ele ficasse em tempo integral ajudando-o.


Com a criação da UFMT escolhi Atílio e Dorileo, para ocuparem os cargos de vice-reitor administrativo e acadêmico.


Trabalhamos juntos na implantação da UFMT, durante todos os anos que fui reitor.


Gabriel Novis Neves

22-02-2022




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