sexta-feira, 11 de março de 2022

CARÊNCIA DE AFETO


O ser humano sempre foi um escravo do afeto humano, sem o qual não vive.


Ele necessita de amor e carinho para viver, ou sobreviver nos dias atuais.


É o oxigênio da nossa alma, que nos faz a sorrir e amar.


Tenho certeza desses valores pelas respostas que recebi quando escrevi uma crônica sobre “medalhas”.


Uma das leitoras além de achar a “crônica maravilhosa”, elogiou ao professor Gervásio Leite, pai da ideia das medalhas patrocinadas pelo governador do Estado José Fragelli.


Como é bom conhecer a alma humana e suas fraquezas!


E uma delas, sem dúvida, é a vaidade.


“Não é a toa que existem referências a ela em vários trechos da Bíblia. No Antigo Testamento, “vaidade de vaidade, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1:2; 12:8) é uma das passagens que mais gosto”!


Sinto na própria carne o que é vaidade, pois ao escrever sobre o “fenômeno” das medalhas, apenas relatava mais um episódio das minhas memórias.


Eu, que me sentia tão distante desse sentimento ilusório, estou vaidoso em saber que alguns apreciam o que escrevo sobre os  fatos vividos por mim.


Tento relatar, como em uma hipotética colagem ou fotografia, aquilo que acho ser interessante para a compreensão de fatos históricos.


Não relato nada que desabone a terceiros e sem maior interesse histórico que aconteceram nos meus mais diversos cargos públicos que ocupei por mais de trinta anos (Diretor do Hospital Adauto Botelho, Secretário Estadual de Educação e de Saúde por duas vezes, Secretário Estadual do Meio-Ambiente e da Casa Civil, Reitor-fundador da FUFMT, 1º Diretor da Faculdade de Medicina da UNIC).


E em todas essas funções, sempre enfrentei e entendi o potencial da vaidade humana.


Apenas no exercício da minha profissão de médico tratava sempre de sinais e sintomas, com os remédios da vaidade humana, que são o carinho e amor.


Diante da doença não há vaidade humana que sobreviva, e é o momento mágico, quando todos somos iguais.


Às vezes, em um Centro Cirúrgico encontramos de tudo que precisamos nesta vida, inclusive poesia, como relatou Ignácio de Loyola Brandão no livro a Veia Bailarina.


Gabriel Novis Neves

10-03-2022





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