AMIZADE E POLÍTICA

Não se conquista nem se mantém uma amizade na política partidária. Aí, até o linguajar é diferente.  

Na política, o que temos são correligionários, desde que pertençam ao mesmo partido. Nesse jardim, a flor da amizade não germina.

É assim que funciona entre nós a política. Dói saber que até parentes próximos, a exemplo de pai e filhos, ficam sem falar um com outro.

Em tempo algum, observei florescer uma amizade duradoura nesse mundo conturbado da política. Nele, predominam interesses pessoais ou de grupos, nem sempre ideais para que o bem triunfe na sociedade.

Tente imaginar uma coisa esdrúxula. Tente mais um pouquinho. Nada é tão pernicioso quanto a política.

Pior ainda, acredite, é seu financiamento: vem do dinheiro de impostos que pagamos, e — disto não duvide — muitas vezes, do crime organizado.

Cai-nos o queijo quando nos enfatizam que o modelo político que aqui vigora é chamado de democrático.

Pelo voto secreto, em urnas eletrônicas, não auditáveis, escolhemos os nossos dirigentes.

Empossados, nomeiam, a seu bel prazer, os incríveis responsáveis por outros poderes da nação em cargos vitalícios.

Esse modelo de poder é repicado nos Estados e Municípios, tudo em nome do poder pelo poder.

Eu venho de longe, de muito longe, e fui testemunha de fatos marcantes de nossa história contemporânea.

Acompanho pela televisão e internet a estúpida guerra — há guerras que não são estúpidas? — entre Israel e o grupo palestino Hamas, matando, e fazendo reféns, centenas de pessoas.

Triste dizê-lo: as guerras religiosas têm início, mas nunca terão fim. Suas maiores vítimas, são as crianças, jovens e idosos.

É a poderosa indústria armamentista agindo dentro dos seus interesses comerciais, cada vez mais amarrada a seus aperfeiçoados projetos tecnológicos.

O grupo palestino do Hamas não reconhece o Estado de Israel, criado em 1948, e governa a Faixa de Gaza, vivendo em guerra. 

O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.

Por outro lado, recebe o apoio do Irã, que o financia, fornecendo armas e treinamento.

A diplomacia mundial, por incrível que pareça, não consegue resolver esse problema através dos seus líderes.

Gastam tempo e dinheiro com longos discursos, inúmeras e inúteis reuniões na sede da Organização das Nações Unidas — ONU, em Nova Iorque. Intuito é que a TV desfile essas sandices, pondo tudo aos nossos olhos.

A Síria, Jordânia, Iraque, Kuwait, Líbia, Arábia Saudita e Argélia são outros países que estão em guerra com Israel.

Não há outra conclusão, exceto esta: não existe amizade na política, e muito menos entre os povos.

Falta-nos aos homens e às nações, uma pitada generosa de paz! Paz e nada mais!

Gabriel Novis Neves

10-10-2023