sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

A FAMÍLIA CRESCEU

 

Ano após ano, muito em razão do aumento de minha família, está ficando difícil reuní-la no almoço, aos sábados.


Bem sei. De raro em raro, há ausência que se justifica, à feição do período em que uma das netas foi ao Rio de Janeiro — acompanhada da tropa — festar suas bodas.


Fiquei aqui. Impossibilitado. Atormenta-me a falta de cartilagem nos joelhos. Uma baita artrose bilateral me impede de caminhar. As dores não diminuem. A isso, acresça a falta de equilíbrio.


Vamos ao trivial. Telefonei a um dos meus filhos para que confirmasse a presença no almoço de família. A tanto, ele me respondeu que estava em um casamento na Bahia. Surpresa! Nem sabia que havia viajado!


Para complicar um pouco mais, minha única filha e genro estão de férias no exterior.


De outra parte, minha neta caçula, que é médica, não virá. O plantão a impedirá. O mesmo seja dito do noivo.


O marido da primeira neta se deu o prazer de uma visita a mãe, no Sul do país.


Portanto, almoçará comigo um filho. Com nora e neto. Também virão outras três netas: com dois maridos, e três bisnetos. Oito adultos e três crianças! O número de ausentes adultos quase se equipara ao de participantes.


Nosso almoço de família ocorria aos domingos. Por mera conveniência, foi transferido para sábado. 


No princípio, dificilmente faltava alguém. Comum era me ver à roda de muitos convidados.


Como não me recordar disto: minha mãe, Fernando Pace e a Soninha, estes tinham sua cadeira cativa. Aqui e ali, uma visita surpresa, sempre bem-vinda. Alimento — Deus seja louvado! — jamais faltou.


Releva acentuar que minha inesquecível mulher, Regina, era quem abrilhantava essa confraternização. E quantos não compareciam a esses almoços impelidos por seu carisma!


A nossa casa — estou convicto disso — nunca mais foi a mesma depois que ela de nós se despediu. Reina hoje uma ‘paradeira’ só — assim diz o cuiabano —, bem diferente da agitação que tornava encantadores nossos fins de semana.


Um que outro prestador de serviço, ora um aluno, ora um professor, sempre há com quem posso dividir esses momentos no correr da semana.


Logo mais, o silêncio ensurdecedor próprio da semana será quebrado pela algazarra das crianças.


E o sábado — sempre muito esperado — se transformará em festa!


Gabriel Novis Neves

2-12-2023



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