segunda-feira, 27 de junho de 2022

MINHAS FONTES


O meu irmão caçula não desiste de insistir comigo para saber quais são as fontes que me fornecem tantas informações que converto em crônicas.


Respondi que conversando com ele e ajudado pela minha memória já tive assunto para escrever algumas, que com certeza ele leu e colocou a carapuça.


Dos mais despretensiosos bate-papos quantos assuntos já me abasteceram de material para escrever, assim como coisas simples que me chegam.


Agora conto com a inocência dos meus bisnetos que não me deixam sem sugestões para atender diariamente ao meu blog.


A vida de um velho, mesmo solitário e sem sair de casa para bisbilhotar em rodinhas de cafeterias e restaurantes, engana muita gente quando o assunto é novidades ou simples fofocas.


Elas chegam pelas mídias sociais com uma profusão que me obriga a deletar muitas delas, antes mesmo de lê-las.


Eu procuro sempre escrever fazendo com que as palavras saiam do fundo do meu coração, e isto fica mais evidente quando falo das conversas com os meus bisnetos.


São coisas novas para a maioria dos meus leitores, que pertencem ainda à categoria de mimar filhos e netos.


Conversando com amigos me lembrei da primeira mulher cuiabana formada em odontologia na USP aos 21 anos de idade, que no seu retorno montou um “Gabinete”, nome antigo de consultório dentário, na rua 13 de Junho.


Mais tarde, a Dra. Maria Barata abandonou a profissão para ajudar seu marido no Armazém Bandeirantes, que ficava na rua dos Porcos nas proximidades da Praça Ipiranga, é uma crônica.


E quando alguém bem mais jovem me pergunta se me lembro dos circos da minha infância?


Após um mergulho no passado recolho, além dos nomes dos circos que se apresentavam em Cuiabá, dos seus principais artistas e como chegava até lá para assistir aos espetáculos, com os meus oito anos de idade.


E as cutucadas para contar histórias das festas juninas que não desapareceram, mas foram descaracterizadas, sem a procissão para lavar a imagem do santo no córrego da Prainha, onde poucos conhecem a letra e música do hino do São João Cuiabano.


Essas são as minhas fontes, podendo também passar pela história da compra de medicamentos pelo telefone e a incompreensão de certos burocratas desumanos que povoam os nossos dias.


Gabriel Novis Neves

25-06-2022











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