sexta-feira, 24 de junho de 2022

MAIS HISTÓRIAS DE CUIABÁ


Conta-nos Estevão de Mendonça que por volta de 1882 o major de engenharia Américo Rodrigues de Vasconcelos, tendo construído o Jardim Alencastro, introduziu ali um exemplar alienígena “Ravenala” de Madagascar e as primeiras mudas de flamboyantes, que dispostas em duas filas paralelas, vieram depois a formar uma abóboda sobre os passeios laterais.


Mais tarde, foram cortadas por ordem do desembargador Alfredo José Vieira, quando intendente municipal (prefeito).


Por empenho do presidente (governador) José Maria de Alencastro, inicia-se a construção do Laboratório Pirotécnico, sob a direção do major Américo de Vasconcelos, engenheiro cuja capacidade o “Jardim Alencastro” já lhe atestava.


A instalação completa do Laboratório não chegou a efetivar-se; as obras foram interrompidas, e o edifício passou a ter ocupação militar.


Foi a sede da Força Pública do Estado e, ficava no bairro do Porto, em frente à Igreja de São Gonçalo.


Pouco antes da Proclamação da República (1889), o presidente José Maria de Alencastro solicitou ao engenheiro militar Floriano Peixoto, que enviasse à Cuiabá, alguém capaz de construir uma praça no centro da cidade e, um laboratório de armas de guerra.


Este indicou seu colega da turma de cadetes da arma de engenharia, o gaúcho de Uruguaiana, Américo Rodrigues de Vasconcelos, servindo em seu gabinete no Rio de Janeiro.


Este era casado com Leonarda de Vasconcelos, uruguaia de nascimento.


O casal possuía apenas uma filha, nascida no Rio de Janeiro, Eugênia de Vasconcelos.


Chegou à Cuiabá, com mulher e filha cumprindo ordens.


Construiu a praça, que recebeu o nome de “Jardim Alencastro” em homenagem ao presidente, ao lado da igreja Matriz, marcando a cidade como capital da Província de Mato Grosso.


Também iniciou a construção do laboratório Pirotécnico.


Sua filha adolescente logo despertou o amor no jovem cuiabano Gabriel de Souza Neves, vindo a contrair casamento.


Seus pais retornaram ao Rio de Janeiro em 1889, onde viveram até a morte.


O casal Biézinho, apelido do meu avô, e Eugênia tiveram muitos filhos homens e mulheres.


Todos receberam e, eram tratados pelos apelidos, sendo que Otávio, era chamado de “Mocinho” e seu “Zé”.


Eu sou filho do “Bugre” e aos 27 anos ganhou o sobrenome, passando a ser chamado de Bugre do Bar, nome de Olyntho Neves.


Os filhos mais velhos do casal tiveram condições financeiras de estudar no Rio de Janeiro se tornarem bacharéis em Direito, e se tornaram desembargadores.


Outro agrônomo e, o caçula bacharel e Direito, funcionário da alfândega do Rio.


Coincidências: meu bisavô materno era baiano, médico da Marinha, e veio para Cuiabá por causa da Guerra do Paraguai.


Filho de baiana e judeu, aqui se casou com uma cuiabana, deixando muitas filhas todas iniciando o seu nome com a letra C, e homens com nomes em A.


Já o meu bisavô paterno, era gaúcho de Uruguaiana, engenheiro militar, do Exército Brasileiro.


Veio para Cuiabá, para construir o Jardim Alencastro e, sua única filha carioca de mãe Uruguaia, aqui se casou, com um cuiabano.


As Forças Armadas, foram fundamentais para construção da Família Novis Neves.


Gabriel Novis Neves

20-06-2022


Fotografias do acervo do Sr. Francisco das Chagas Rocha:





 21° Batalhão PMMT
Praça da República, Cuiabá 




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