quinta-feira, 9 de setembro de 2021

VIDA QUE SEGUE


Apesar de acordar com uma dor aqui, outra lá e outra acolá, vale sim viver muitos anos para usufruir  dessa fase longeva que a vida nos oferece, onde podemos curtir à vontade nossos bisnetos, mesmo à distância.


É o bisneto de Portugal no seu primeiro ano da pré-escola e brincadeiras com o pai. São os três daqui, que foram passar o aniversário da avó e tia em um Hotel Fazenda no interior de São Paulo. Diariamente recebo filmes do menino de Portugal e das meninas e garoto de menos de quatro meses  daqui.


Não sei se no céu o bom São Pedro passaria esses filmes para mim, portanto prefiro ficar por aqui para viver a maravilha de acompanhar esses pirralhos de gente, cheios de graça e belezas sem fim.


Vou ajustando meus novos medicamentos e combatendo seus efeitos colaterais,  sem chegar aos extremos terapêuticos, tudo isso para ver essas crianças diariamente.


A distância deste momento cria a necessidade da aproximação, só possível com a facilidade das fotos e filmes pelo celular.


Ontem presenciei o mais belo por do sol com as crianças ornamentando essa beleza da natureza!


Vale, e muito, viver o máximo dos anos para cada dia acordar com a sensação que terei novas e distintas imagens dessa minha terceira geração. Entendo minha mulher que não queria partir sem ver pelo menos os 15 anos das netas e o neto na universidade.


O idoso tem muitas vantagens quando aceita as perdas da “arrogância” da juventude passada. Temos que nos aceitar como somos, pois só assim teremos tranquilidade para saborear as maravilhas dessa fase que é a sua própria ressureição.


Vale a pena sim, viver longos anos e em nome dessa crença faço todos os sacrifícios possíveis para estica-la ao máximo. A vida familiar saudável é o melhor remédio para manter uma vida longa.


Gabriel Novis Neves

06-09-2021




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