terça-feira, 14 de setembro de 2021

PASSADO


Quem tem rico passado muita coisa tem o que escrever no seu crepúsculo, quando livre das obrigações do trabalho formal, resta-lhe tempo para devaneios.


Não faço nenhum esforço para recordar fatos e dados acontecidos desde meus cinco anos de idade. O meu superego faz uma triagem daquilo que devo publicar. Quanta coisa curiosa e importante da nossa história deixo de publicar para não “ferir” vaidades!


Preocupo-me quando escrevo com os personagens envolvidos e certos assuntos são proibitivos,  como os políticos desde 1964. Não é bom escrever sabendo que irá magoar pessoas, sendo que nesse período de atividade política partidária de 57 anos muitos protagonistas não se encontram mais entre nós e seus descendentes são nossos queridos amigos.


A divisão do Estado, a história da UFMT, a experiência de ter sido secretario de Estado no Estado não dividido e dividido, são alguns pontos que abordei de maneira muito superficial nestes quase 15 anos que escrevo e publico estas pequenas crônicas, meus "textículos".


Possuo um arquivo de material impresso e fotográfico desses anos em que ocupei cargos públicos os mais diferenciados e importantes no nosso Estado. Já pensei em doar esse rico patrimônio ao historiador Fernando Tadeu, para ele usufruir dos textos para a nossa história como registro escrito. 



Como o “problema do trem” está resolvido, Fernando Tadeu esquecerá a longa espera do seu trem da Mangueira e cuidará da história, principalmente da UFMT, até então pouco investigada e compreendida.


O passado explica a nossa própria vida e todos nós construímos um, alguns contados, outros não.


Gabriel Novis Neves

05-09-2021




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