Pulei da cama às 04.10h da manhã pensando na diversidade de atrações que era o Bar do Bugre. Algumas foram atrações fatais. Muitos aspectos já foram tratados aqui no blog, outros permanecem na minha memória.
Além de ser um bar-sorveteria, era um grande Centro de Vivência nos cinquenta anos de sua existência. Todos os acontecimentos importantes, políticos, econômicos e sociais, necessariamente passavam por lá, funcionando também como Centro Histórico da capital do Estado.
Gostaria de abordar o Bar do Bugre como sede de “namoricos” que começavam pelas suas calçadas, sendo o próprio Bugre presa fácil dessa conquista.
Uma linda moça, 20 anos mais nova que o Bugre (Olyntho) costumava passear com as amigas pelas calçadas da praça Alencastro, onde se localizava o casarão que abrigava a sede do Bar do Bugre (Bar Moderno só nos registros comerciais). Os olhares se cruzavam com os dele e a amarração que parecia difícil para aquele solteirão, desapareceu ante o encanto daquela jovem.
O Bugre apaixonado pediu licença ao pai da linda donzela para namorá-la e em pouco tempo estavam casados de “papel passado”, em Cartório da Capital.
Vieram os nove filhos e o Bugre da porta do bar viu o desfecho de outros casos amorosos como o seu acontecerem.
Gostava de ouvir a narração do meu pai e da minha mãe sobre o caso de amor entre eles. Ela dizia que passeava com amigas pelas calçadas da praça Alencastro para ouvir as músicas que vinham pela possante eletrola de dentro do bar, quando, nesse vai e vem, ele a conquistara. Ele jurava que havia sido seduzido pelo passar insistente da linda moça pelas calçadas do bar com seus provocantes olhares.
O Bar do Bugre ajudou também a aumentar a população de Cuiabá, além de ser um fator de energização de amores represados.
Gabriel Novis Neves
10-09-2021
40 × 20 anos de idade |
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