Bem antigamente, era muito esperado o desfile cívico-militar de 7 de Setembro - data comemorativa da Independência do Brasil.
Os colégios públicos se preparavam com esmero para o grande desfile, que envolvia a toda comunidade de uma cidadezinha de 20 mil habitantes.
O treinamento iniciava-se em fins de Agosto, e o tenente Carvalho e outros, se destacavam nessa missão de preparar os alunos do antigo primário, secundário e colegial.
As ruas por onde passavam o desfile, entre a 13 de junho e Getúlio Vargas, ficavam “apinhadas “de gente aplaudindo seus filhos, as grandes estrelas desse dia.
Depois, vinham a Polícia Militar com suas respectivas bandas e material bélico, o mesmo acontecendo em maior grau com o Exército Brasileiro.
Havia uma rivalidade entre a Escola Modelo Barão de Melgaço e o Grupo Escolar Senador Azeredo, no sentido de quem desfilou melhor, assim como o Colégio Salesiano e Colégio Estadual, Polícia Militar e a do Exército.
A torcida desenfreada era entre os familiares daqueles que desfilavam acumulados nas calçadas laterais do desfile, misturados aos inúmeros vendedores ambulantes de sucos e salgadinhos.
Meu pai a tudo assistia de uma das portas para a Praça da República do Bar do Bugre, e no almoço comentava que tive um belo desempenho na escola que participava.
Sou da época pré-fanfarra e me senti prestigiado quando, no Colégio Salesiano, fui escolhido, para comandar a bandinha do colégio com o enorme bombo, que era o marcador de passo da gurizada.
Naquela época o colégio não era misto e as meninas desfilavam pelo colégio do Asilo Santa Rita.
Quanta mudança nestes últimos 70 anos! Nos dias de hoje, o 7 de setembro passou a ser um dia de “protesto” nacional!.
Com certeza irei assistir ao show pela televisão!
Gabriel Novis Neves
02-07-2021
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