Em
momentos de crise financeira crescem as mais diversas alternativas no sentido
de fazer dinheiro.
Já
não são poucas as pessoas que, apesar de suas habilidades técnicas reconhecidas
por diplomas, perdem os seus empregos em grandes firmas e passam a ter no
mercado informal uma nova perspectiva de ganhos.
As
mulheres, sempre mais despojadas, apelam para os seus dons de cozinha, de
costura, de cuidado com crianças e até de acompanhantes.
O
importante é que surja uma nova renda que permita a manutenção do padrão de vida
anterior a todo esse descalabro em que foi afundado o nosso país em função de
políticas equivocadas.
Nas
ruas são colocados slogans do tipo - “não vamos pagar o pato” - referente à
possível volta da CPMF.
Essas
atitudes são incentivadas por aqueles poucos que têm tempo e fôlego para
sobreviver às crises desse porte - os altos comerciantes e industriais.
Entretanto,
esses poucos mais abastados não representam os outros duzentos milhões de
assalariados e desvalidos que buscam a qualquer custo o pão de cada dia para
sua família e filhos.
Numa
dessas tardes me deparei com um antigo colega de trabalho feliz da vida, pois
tinha comprado um táxi e colocado na praça.
Disse-me
ele que estava ganhando mais do que quando atendia seus trinta pacientes por
dia, oriundos de um plano de saúde em vias de falência.
Estava
alegre e, principalmente, “desencanado”, segundo suas próprias palavras.
É
isso aí! Se a crise apertar muito vou voltar às minhas origens e reabrir o Bar
do Bugre.
Voltar
ao meu sonho de menino de ser um excelente garçom, quando ouvia e me divertia
com tantas histórias diferentes, que nem sequer me tocavam como tão
verdadeiras!
O
contato diário com um grande número de pessoas de diferentes tipos, com
certeza, minimizaria essa sensação de caos coletivo em que todos nós nos
encontramos.
Rir
é sempre o melhor remédio!
Gabriel
Novis Neves
02-11-2015
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