O
momento histórico pelo qual passamos é dos economistas. Em cada dez programas
de notícias pela televisão, nove são sobre a nossa catastrófica economia.
Os
protagonistas destes debates são economistas. Alguns deles já estiveram no
poder e, durante a sua gestão, muito contribuíram para a crise financeira que
hoje enfrentamos.
Outros
debatedores são professores universitários altamente qualificados, consultores
de grandes empresas e jornalistas entendidos no assunto.
O
refrão dessas discussões é sempre o mesmo: o governo tem de cortar gastos e
administrar melhor seus recursos respeitando a lei da responsabilidade fiscal e
banir a corrupção das práticas políticas.
Mas,
esta simples receita que as donas de casa executam com perfeição - gastar
dentro do orçamento familiar e da melhor maneira possível - passa longe dos
nossos políticos, mais interessados em ampliar suas enormes mordomias e lançar
amarras para se perpetuarem no poder.
Não
há um sinal de corte de gastos ou austeridade de gestão, por exemplo, na Casa
de Leis, muito menos nos poderes da justiça e fiscalização dos gastos públicos.
O
governo que quer aumentar impostos e cortar vantagens dos aposentados e
trabalhadores é o mesmo que, em apenas nove meses deste ano, gastou com suas
altas autoridades cerca de 2.210 voos de jatinhos da FAB!
A
classe média está trabalhando cada vez mais para pagar impostos sem retorno
social.
A
classe menos abastada, dita C, anteriormente encantada com os pequenos mimos
que a tiravam da pobreza, está descontente com a crise financeira que fez com
que ela voltasse a níveis piores, e os miseráveis, que só fazem aumentar,
compõem um quadro assustador.
Os
bilionários continuam inatingíveis, cada vez mais ricos.
O
governo, incapaz para administrar seus orçamentos, perde-se em politicagens
baratas, totalmente dissociado das dificuldades da população.
Diante
desse panorama, a população brasileira
vive dias de grave doença social.
A
insanidade apoderou-se definitivamente dos nossos governantes que, na falta de
uma solução, aproveitam para nada fazer por esta nação.
Na
vida tudo passa, porém, viver sem expectativa é muito difícil para um povo.
Os
jovens lembrarão um dia desta fase em que perdemos o selo da credibilidade
mundial. Não somos bons pagadores!
Os
idosos amargam dias dolorosos, que seriam de recompensa pelos anos de
contribuição ao desenvolvimento deste país. Vivem o pesadelo da frustração,
causado pela ambição de grupos que
ocuparam o poder apenas pelo poder.
E
haja aulas de economia sobre as origens e saídas para a crise financeira,
política, ética e de confiabilidade.
A
desordem mental tomou conta das decisões governamentais, restando a nós observar
o fim deste imbróglio em que nos meteram.
Até
que ponto a demagogia e a falta de preparo de um povo são capazes de assistir,
inerte, a destruição uma grande nação?
Gabriel
Novis Neves
02-10-2015
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