Por
mais absurdo que possa parecer estamos hoje sendo governados por forças que
apenas buscam escapar dos camburões policiais.
Os
reais problemas do país são delegados a segundo plano, já que grande parte da
nossa classe governante está apenas empenhada em se desvencilhar de seus
próprios imbróglios éticos, que se avolumam dia a dia.
Essa
é a razão fundamental da nossa absoluta falta de perspectiva com relação a essa
crise econômica, política e social, a mais longa de todas que já vivemos.
O
resultado de toda essa irresponsabilidade é a inércia maldita que a todos
angustia. Essa sensação de labirinto de areias movediças em que nos movemos
atônitos sem encontrar uma saída.
As
crises mundiais apregoadas como causadoras de muitos estragos, principalmente
no tocante ao desemprego, nem de leve causaram os efeitos devastadores que essa
nossa agrura vem causando, em especial nos menos abastados.
Com
o desprestígio internacional nos tornamos reféns das atuais agências de
avaliação de risco, ou seja, as que vão determinar a credibilidade do país para
o qual deve migrar o capital.
Diante
dessas condições ditadas pelas economias fortes de mercado, estamos cada vez
mais tendo as nossas notas rebaixadas no quesito “bom pagador”, fator esse
estimulante para uma economia já agonizante.
Enquanto
isso, nossos governantes comportam-se como se estivessem num baile da Ilha
Fiscal, com suas viagens megalômanas, seus privilégios escancarados, todos
procurando salvar suas próprias peles chamuscadas, indiferentes ao circo que já
mostra as suas lonas despencadas.
Ao
que tudo indica somente a sociedade civil unida pela indignação será capaz de
encontrar uma solução rápida e eficaz para resgatar os valores éticos perdidos
e colocá-los novamente na direção desse país.
Gabriel
Novis Neves
02-11-2015
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