Vivemos
em um período de muitas transformações e contradições, onde o certo e o errado
se confundem no imaginário popular.
Com
o sucesso do Plano Real na segunda metade da década de noventa, foram fincadas
as bases da estabilidade econômica no nosso país.
Isso
permitiu maior oferta de empregos, tanto nas atividades ditas tradicionais,
quanto nas novas.
Entretanto,
a qualidade da mão de obra, pela nossa deficiência educacional, dificultou o
crescimento do emergente mercado de trabalho.
Ficamos
com um problema de difícil solução, que era atender ao crescimento do Brasil.
Como
resolver em brevíssimo espaço de tempo a qualificação dos trabalhadores com
pouca escolaridade?
A
missão é difícil, mas não impossível, desde que se torne um programa de
prioridade nacional.
Com
vontade política dos nossos governantes em realmente investir pesado e sem
erros em educação básica e técnica, teremos a tão desejada mão de obra
necessária ao nosso desenvolvimento.
O
governo, contudo, está mais interessado no ensino superior que, quando de
qualidade, dá maior visibilidade ao país pelas suas conquistas e inovações.
Atualmente,
temos no país um ensino superior público caríssimo e que consome grande fatia
do orçamento do Ministério da Educação, formando profissionais de qualidade
duvidosa, quando não, maus profissionais.
Um
bom ensino técnico é prioridade para esta nação. É bom lembrar que
profissionais de ensino técnico conseguem, inclusive, salários melhores em
relação aos de nível superior.
É
triste verificar a quantidade de pessoas com nível de escolaridade superior sem
emprego, com desvio ocupacional para baixo e com salários irrisórios.
O
país investe maciçamente no ensino universitário, muitas vezes com cursos
ornamentais e ociosos quando a nossa prioridade e o mercado estão a nos mostrar
a necessidade premente de excelentes profissionais de nível técnico.
Temos
de continuar a buscar novos conhecimentos científicos para conquistarmos nosso
espaço entre os países desenvolvidos, porém, nunca esquecendo os bons técnicos
para conquistar o seu espaço no mercado de trabalho.
Gabriel
Novis Neves
02-11-2015
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