A
Presidente da República vetou o financiamento empresarial de campanhas
eleitorais e partidos políticos.
Essa
decisão já tinha sido tomada pelo Senado Federal e Supremo Tribunal Federal
(STF).
Pesquisas
realizadas sobre o assunto revelam que três em quatro brasileiros são contra
essas doações (?). A maioria quase absoluta dos entrevistados diz que elas
estimulam a corrupção.
“Empresa
não vota, investe”, diz o povo nas ruas.
Financiam
certos candidatos de dois em dois anos e depois de eleitos recuperam o
investimento feito em suas candidaturas, cobrando faturas com juros e correções
monetárias.
Muitos
acreditam que com o fim do financiamento empresarial fica extinta a corrupção
neste país em liquidação.
Não
acredito nessa mudança de conduta com apenas esse método.
Nosso
sistema político está tão viciado e sofisticado tecnologicamente para roubar
nosso dinheiro, via empresas e agentes públicos, que outros planos já foram
testados e aprovados para manter o status quo do poder.
Sem
dinheiro não há eleições livres neste país.
Sabemos
que nas últimas eleições, para eleger um deputado federal, foram necessários
pelo menos cinco milhões de reais, salvo raríssimas e honrosas exceções.
Infelizmente,
sem “molhar a mão do eleitor”, será muito difícil conseguir o seu voto.
A
imagem do político brasileiro é a pior possível em termos de ética com o nosso
dinheiro.
Um
Congresso que aprova a construção de um Shopping Câmara de quatrocentos milhões
de reais, e ainda diz que o dinheiro é da Instituição de Leis, não possui
credibilidade para propor o fim da imoralidade nas eleições.
No
Brasil todo poder emana das empresas, e o poder exercido pelos privilegiados
nesse sistema político não tem legitimidade.
Investir
maciçamente na educação de qualidade para todos é a saída democrática em médio
prazo para o combate à corrupção e às eleições livres, com o poder emanando do
povo.
Mas
isso é outra história.
Gabriel
Novis Neves
05-11-2015
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