O
julgamento das contas da Presidente da República pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) teve como resultado um placar pior que o do jogo do Brasil contra a
Alemanha na última Copa do Mundo - 8X0.
Todos
os ministros votaram com o relator, poupando o Presidente da Corte de se abster
e evitar os 9X0.
Aliás,
nesse mesmo dia, mais duas derrotas sofreu o Palácio do Planalto - uma do
Supremo Tribunal Federal (STF), que indeferiu o pedido da Presidente da
República de trocar o relator da matéria em julgamento já na prorrogação, e
outra, ao não conseguir número de deputados federais em plenário para manter os
vetos do executivo com relação ao aumento do judiciário e benefícios aos
aposentados, o tal fator previdenciário.
Parece
que na prática não deu certo a terceirização do governo para o PMDB, nem a
reforma ministerial do toma lá dá cá.
O
tiro saiu pela culatra, aumentando o número de descontentes na base de
sustentação do governo.
Atravessamos
crises políticas de grande intensidade, cujos reflexos são sentidos no nosso
dia a dia.
Serviços
essenciais, como saúde, quase totalmente sucateados, greves pipocando em todos
os setores das nossas atividades, desemprego e alta do custo de vida com a
volta da inflação. Violência em níveis de países em guerra e nossa credibilidade
bastante chamuscada pelos desmandos administrativos – essas, a tônica do
momento.
A
Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal trabalham vinte e
quatro horas por dia, deixando o juiz Sérgio Moro e sua equipe em regime
permanente de plantão.
Se
o tumor da corrupção está em Curitiba, suas metástases tomaram conta de todo o
território nacional.
Faltam
cadeias para abrigar tantas autoridades, tornando-se prioridade a construção de
novos Centros de Ressocialização.
Existe
uma guerra entre o pessoal das comunidades e periferias - esperançosas com os
parcos benefícios adquiridos - com a turma do asfalto - insatisfeita com a
paralisia financeira que assola o país.
Em
discurso recente, o ex-presidente da República justifica as pedaladas fiscais
pré-eleitorais como benéficas à manutenção dos benefícios sociais do governo.
Como se os meios justificassem os fins em qualquer tipo de circunstância.
Motivo:
a ausência de políticas públicas favorecendo os menos privilegiados. Foram
vinte e seis milhões em pedaladas fiscais, apenas em 2014.
Não
podemos suportar um governo que não respeita as leis do país, jogando-o na
desgovernança.
Quando
isso acontece em futebol, muda-se o técnico, e, na política, o que se faz?
Essa
é a indagação indignada do povo brasileiro!
Gabriel
Novis Neves
16-10-2015
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