Não
sou economista, tampouco cientista social, mas apenas um brasileiro preocupado
com os rumos desta nação.
Mantenho-me
informado pelas mídias, cuja pauta principal é a economia.
Constato
que os serviços públicos nos últimos anos ficaram longe das prioridades
nacionais, e que governos se interessaram mais por políticas públicas
eleitoreiras, tais como o Bolsa Família.
“As
mães da Bolsa Família” ganharam acesso ao supermercado, porém, os filhos da
Bolsa Família continuam fora das escolas de qualidade.
“A
nova classe média” da periferia das cidades comprou materiais de construção e
até eletrodomésticos, mas, não ganhou nenhum benefício em saúde pública ou
mobilidade urbana.
O
tal do ajuste fiscal do Ministro da Fazenda não mexe nas raízes da crise como
as reformas da Previdência Social e Tributária, assim como a isonomia salarial
dos servidores públicos, além do profundo corte dos gastos e mordomias.
Os
trabalhadores e as classes médias urbanas foram rebaixados para o nível de
pobreza, isto é, em direção às classes D e E.
Estamos
em recessão e a crise política financeira não é animadora.
As
agências internacionais alertam que o Brasil está em declínio como bom pagador.
Famoso empresário ligado ao governo diz em Nova York que nossa nação está em
liquidação, com o PIB de 2015 em retração.
Na
nossa história só uma vez tivemos dois anos consecutivos de recessão: na década
de 30, quando houve a quebra da bolsa de Nova York e agora (2014-2015).
Cerca
de três milhões de famílias ascenderam das classes D e E para a classe C entre
2006 e 2012, segundo estudo da Tendências Consultoria Integrada.
A
previsão é que em 2017 haja reversão do ciclo, vitimada pelo desemprego e
inflação, jogando mais de três milhões de famílias de volta ao ponto de
partida.
Segundo
Adriano Pitoli, coordenador de pesquisas, “a mobilidade que houve em sete anos
deve ser praticamente anulada em três”. Nas palavras dele “estamos vivendo,
infelizmente, o advento da ex-nova classe C”.
Na
economia voltamos ao ponto de partida. Na política o ponto original não existe
mais.
Maurício
de Almeida Prado, de uma consultoria com foco na renda baixa, explica que a
“ex-nova classe C” adquiriu nos anos gordos, junto com os celulares, uma
experiência que não se pode fazer desaparecer.
“É
um novo tipo de classe baixa: mais conectada, escolarizada e, de certa forma,
até mais preparada”.
Há
futuro.
Gabriel
Novis Neves
07-11-2015
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