Como
toda instituição que preza a defesa dos bons costumes, a Câmara dos Deputados
possui o seu Conselho de Ética.
Seus
integrantes, em número de vinte e um, são indicados pelos respectivos partidos
ou blocos parlamentares após minuciosa e criteriosa seleção, considerando os
seus passados republicanos.
Acontece
que sete desses representantes do povo respondem a algum tipo de processo no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Três
deles já são considerados réus na corte máxima, ou seja, tiveram denúncias
contra si acatadas e transformadas em ação penal no Supremo Tribunal Federal.
É
o que revelam dados do levantamento veiculado no site do jornal o Estado de São
Paulo.
Como
esse colegiado tem um terço de seus ocupantes sendo investigados, poderá
apreciar o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
Este
mentiu nessa mesma Comissão quando, de livre e espontânea vontade, ali
compareceu, para declarar que nunca possuiu contas na Suíça ou qualquer outro
país.
Passados
meses, a Procuradoria Geral da República (PGR) está com amplo material que
comprova que o deputado pelo Rio de Janeiro é detentor de várias contas em seu
nome e em nome de sua família naquela nação.
Os
deputados da Comissão de Ética que irão julgá-lo, acusados de crimes pelo STF,
negam haver cometido qualquer deslize ético.
Apenas
dez dos vinte e um deputados estão salvos de qualquer investigação no STF,
informa o Estado de São Paulo.
A
pergunta que fica: esse grupo de parlamentares tem condições morais e éticas
para julgar alguém?
Gabriel
Novis Neves
02-11-2015
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