Às
vezes temos necessidade de demonstrar aos outros sentimentos que não são
verdadeiros - a chamada mentira social, tão consumida hoje em dia.
Como
dizem os poetas, os desencantos se acumulam e viram um pote de mágoas.
Como
esquecer as dificuldades da maioria da nossa população para conseguir o pão de
cada dia, quando frequentamos lugares de esbanjamentos?
O
pacto da mentira não agrada ninguém, apenas ajuda a empurrar avida, sorrindo
quando não se está a fim, ou usando a máscara da felicidade que, na verdade, é
a máscara da mentira.
Os
menos especulativos julgam essa percepção, onde o “ser” é sempre muito mais
importante que o “parecer ser”, como estado depressivo, e não, desconforto
pelas injustiças sociais.
O
mundo, neste momento, reverência um dos maiores heróis da nossa história
contemporânea, que nos deixou aos 95 anos de idade.
Será
que o Nelson Mandela sempre foi aceito como herói? Claro que não! Por mais de
duas décadas ficou em cárcere, dormindo no chão e recebendo uma visita anual.
Nessa
época era considerado baderneiro pelas maiores potências mundiais.
Ao
sair da prisão, sem ódios ou intenções de revanchismo, libertou o seu povo da
humilhação e dominação inescrupulosa, transformando-se em um dos maiores
pacificadores da história, recebendo o Prêmio Nobel da Paz.
Mandela
conseguiu tirar da vida o que ela tem de mais bonito, que é a possibilidade de
trocas afetivas entre pessoas.
Os
inconformados com as injustiças sociais, e sem possibilidades de serem agentes
de transformações, mentem que são felizes quando estão alegre, alegria essa, na
maioria das vezes, provocada por agentes químicos.
A
felicidade, sem as máscaras socialmente necessárias em certas ocasiões, só será
possível quando todos forem tratados como iguais.
Quando
as oportunidades forem as mesmas para o pobre e para o rico. Quando não reinar
a impunidade e a corrupção.
Ah!
Como é difícil ser feliz!
Infelizmente,
vivemos num mundo de necessidades emocionais com presentes ausentes.
Gabriel Novis Neves
07-12-2013
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