domingo, 15 de dezembro de 2013

VIDA

Quem nunca sonhou em adquirir a tão desejada estabilidade financeira ao final do seu ciclo útil de trabalho?
Acredito que esse valor faça parte da nossa cultura. Desde pequeno ouvimos esta historinha: “Quando você crescer vai ser um doutor, ganhar bastante dinheiro, conseguir um emprego público que lhe dará uma bela aposentadoria”.
Só depois começará a gozar as delícias da vida. O tempo passa rápido e, quando você perceber, já está na vida que pediu a Deus!
Vai ter uma bela casa própria, com o carro do ano na garagem. Dificilmente um funcionário público é demitido, a não ser que cuspa no rosto do chefe.
Suas economias estarão em banco confiável, rendendo bons juros. Se for casado, o casamento estará seguro até que a morte os separe. Filhos crescidos, todos com nível superior, bem empregados e casados.
É a própria felicidade encontrada numa vida sem acidentes.
Ninguém nunca pensou que pode aparecer um Presidente da República e anular a estabilidade dos servidores, congelar e confiscar, por prazo indeterminado, o seu salário.
O seu automóvel poderá ser roubado e sua casa vítima de um sinistro.
Mesmo possuindo seguro, experimente recebê-lo! Talvez os seus herdeiros, um dia, consigam usufruir desse prêmio.
E a estabilidade daquele ato assinado em cartório com a presença de inúmeras testemunhas, que é o casamento?
Como diziam os antigos, aquilo só vale para inglês ver.
Ao meu desgaste emocional, não há lei que sustente essa tão desejada garantia.
O bom mesmo é esquecer todos esses falsos valores que nos são passados e entender que a vida é muito boa.

Gabriel Novis Neves
03/12/2013

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