Um
colega me solicitou para citar algumas ações positivas do governo durante o ano
que se findou.
Fui
à pesquisa. Nada encontrei que merecesse um registro sincero. O ano foi marcado
por grandes escândalos governamentais e nenhuma ação repressora.
Em
junho os jovens saíram às ruas em um movimento com aspecto apolítico. Depois,
se transformou em agitação incontrolável, tendo como financiador o próprio
governo. Após alguns meses o movimento morreu de inanição ideológica.
O
mensalão, o envolvimento do escritório da Presidência da República em São Paulo
em atos não republicanos - até hoje inexplicáveis -, a máquina de apoio
político ao governo cada vez mais se aproveitando das fragilidades dos nossos
dirigentes.
O
uso indevido dos jatinhos da FAB para festas e até para tratamento de implante
de cabelo, desanima qualquer um a escolher um ponto forte do governo que
desnacionalizou a Petrobrás.
Isso
sem contar as despesas irresponsáveis de uma Copa do Mundo com obras
superfaturadas, segundo o Tribunal de Contas da União e divulgadas pela mídia.
Gostaria
de encerrar o ano escrevendo sobre as boas perspectivas para a saúde em 2014.
Entretanto, não tenho nada a comentar sobre esta área abandonada pelo governo,
mas muito importante para a nossa população.
O
governo não se manifestou com relação ao aumento do financiamento, tão carente
nos últimos anos.
Continuaremos
andando para trás.
Nossa
saúde foi transformada em um centro industrial de importação de médicos, com um
imenso parque nacional de fabricação desses profissionais sem a matéria prima
necessária, que são bons professores e estrutura física para realizar os
procedimentos visando a formação de cidadãos úteis à sociedade.
O
pior é saber que o principal país exportador desses médicos para o Brasil está
sendo dizimado pela cólera, doença causada pela falta de saneamento básico.
Os
planos de saúde obrigam os nossos colegas a atenderem seus clientes como
antigamente trabalhava a Bruna Surfistinha, onde os interessados esperavam na
fila para uma “consulta”, que não podia ultrapassar 10 minutos.
Começaremos
o ano novo sem saneamento básico, sem médicos generalistas nos PSFs, sem
especialistas nas Policlínicas e nas UPAs e um insuportável déficit de leitos
hospitalares.
Sem
contar com a baixa remuneração para os médicos aqui formados, e um incentivo
político absurdo aos especialistas em cólera.
Não
acredito que haverá debate deste assunto na próxima campanha eleitoral. No
plano federal o assunto deverá ser o Mensalão e a Papuda.
No
plano estadual a vedete será, sem dúvida alguma, as dívidas da Copa.
Então,
sem nenhuma luz no final do túnel, fica impossível atender ao pedido do meu
querido colega.
Gabriel Novis Neves
24-12-2013
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