Muitas
pessoas implicam com aquelas que escolhem como seu lazer predileto a
tranquilidade do lar.
Insistem
no modelito do sociável clássico, ou seja: jantar em bons restaurantes, jogar
conversa fora nos bares da moda, frequentar as rodas sociais, enfim, ter a
chamada "vida badalada".
Tenho
a resposta pronta para esses questionamentos. Deixar o conforto de casa, onde é
possível fazer toda essa programação com amigos e gente inteligente, só se for
para uma vida cultural ativa.
Quem
não gosta de um bom show, assistir a um filme premiado, experimentar paladares
distintos, viajar e conhecer lugares exóticos e culturas diferentes?
Infelizmente,
nem sempre essas “excursões” são prazerosas, e ficamos remoendo o ditado
aprendido na infância: “boa romaria faz quem em sua casa fica em paz”.
Calor,
barulho não compatível com a nossa saúde auditiva, gente nem sempre
interessante e a tal culinária, cujas delícias ficam mais no cardápio do que propriamente condizentes com o nosso
usado aparelho digestivo.
Ficar
muito em casa não é sinal de infelicidade ou depressão, muito pelo contrário, é
sinal de boa convivência consigo mesmo. É opção pelas alternativas do momento.
Essa minha tese dá para compreender?
O
mundo não muda, nós é que mudamos, e isso acontece para que possamos continuar
sendo os mesmos da época rueira.
Se
no passado gostávamos de frequentar determinados lugares, e hoje isso não nos
dá mais prazer, nada mais normal.
Mudamos
simplesmente de hábitos e descobrimos novas opções. Isso é saúde. Significa,
muitas vezes, que a canção que nos emocionava não desperta mais esse
sentimento, e o papo com antigos amigos demonstram sinais de prazo de validade
vencido.
No
dizer dos jovens - esse tipo de lazer não dá mais liga.
Nossos
interesses e preocupações agora são outros.
Com
o passar da idade acho que as pessoas adquirem mais sabedoria, ficando imunes
às convenções sociais.
É
a fase que temos o direito de satisfazer alguns dos nossos desejos, sem
compromissos de prestar contas a ninguém.
Isso
se chama liberdade e, para ela, não existe moeda de troca.
Gabriel Novis Neves
11-12-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.