segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ROLÉ

O homem, desde que apareceu na Terra - há milhões de anos - até os dias de hoje, luta pela sua sobrevivência. Com a evolução gradativa da espécie, o homem foi se civilizando.
No entanto, lamentavelmente, parece que muitos representantes da espécie humana, entraram em um processo de involução.
Atualmente convivemos com demonstrações de violência tal, que parece que retrocedemos à era pré-histórica.
Os espetáculos deprimentes de violência das torcidas organizadas, na nítida intenção  de macular o que o futebol apresenta de mais bonito e alegre, é um exemplo desta selvageria.
Ocorrem, também, nos feriados e finais de semana, arrastões nas belas praias do Rio de Janeiro. Pela própria topografia da cidade, as belíssimas areias de Copacabana, Ipanema e Leblon, lotadas, são os alvos preferidos para o vandalismo.
Algumas favelas no Rio, apesar das tão faladas UPPS, voltaram a ter as suas noites tumultuadas pela violência.
Diariamente, a mídia nos inunda com tantas notícias de assaltos, roubos, estupros, sequestros, homicídios e outros delitos, que está se tornando parte do cotidiano das cidades brasileiras. O mais lamentável é que, em muitos casos, são delinquências praticadas por adolescentes.
Como se tudo isso não bastasse, começam a surgir em São Paulo, os chamados “rolés” - grandes encontros de jovens formados pelas redes sociais com o intuito de praticar vandalismos. O alvo preferido é o shopping. Eles surgem do nada, às centenas, correndo e gritando desordenadamente. Segundo eles, seria apenas mais uma mera forma de divertimento, entretanto, o que se observa, são saques às lojas, e há necessidade de intervenção policial.
Imaginem o desacerto que isso vem causando nessa época natalina, em que todos esses estabelecimentos costumam estar lotados.
O fato é que, novamente, há que se observar o cunho anárquico na origem desses episódios.
Se os Black blocs, até bem poucos meses atrás,  aterrorizavam as ruas com as suas violentas incursões diárias, dirigidas, principalmente,  às instituições públicas e aos bancos, já agora, o ataque é aos centros religiosos do capitalismo, ou seja, os templos do consumo.
É hora de pensar o que representam esses novos comportamentos por parte da juventude, e para que rumos eles estarão nos levando.
Com toda certeza, essa violência desenfreada não está surgindo por acaso, como um simples modismo de verão.

Gabriel Novis Neves
17-12-2013

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