domingo, 9 de janeiro de 2022

PITORESCOS VII


Ainda há pouco, o planejamento familiar era feito pelas mulheres. Faziam a “ligadura” das trompas. Hoje os homens fazem “vasectomia”.


“Bandeirantes no ar” não eram aviões da Embraer no ar. Em Cuiabá, era “noticiário radiofônico”.


Bem antigamente, jovens casavam com alguém do sexo oposto. Hoje, nem tanto.


Casal de antigamente tinham filhos com cromossomas dos dois sexos. Hoje, às vezes não.


Mulher de antigamente não tinha barba. Hoje, algumas têm. Em compensação, homens de hoje tem seios volumosos.


“Mulher com mulher” não significa duas mulheres juntas. Muitas vezes são dois homens.


“Moça” bem antigamente era uma jovem mulher. “Hoje se chama de moça” um homem que gosta de outro homem.


Bananeira que dá banana é uma planta. Bananeira que já deu cacho é alguém que mais nada produz.


“Pico da bandeira” é montanha. Pico da bandeira é também o lugar do mastro onde fica a bandeira.


Tamanduá-bandeira é um animal e não bandeira.


Dar sinal concordando também é dar bandeira.


Cara de um focinho do outro, geralmente são pessoas semelhantes filhos do mesmo casal.  Mas podem ser da faxineira e do jardineiro que trabalharam no mesmo local.


Soltar foguetes é enviar rojões de pólvoras para cima. “Soltar as frangas” é se manifestar sexualmente.


“Bicho” bem antigamente era utilizado como sinônimo de amizade. Já “bicha” sempre foi outra coisa.


Na Cuiabá antiga, homem cortava cabelo no barbeiro. Hoje, procuram sempre o cabelereiro.


“Chover no molhado”, não significa chover em um lugar molhado. É repetir o que já foi dito e repetido.


Bem antigamente, “dar o nó” significava enganar alguém. Hoje, enganar alguém é “esperteza”.


Na Cuiabá antiga, “encher a cara” significava beber muito. Hoje, pode ter levado algumas “porradas na cara”.


Bem antigamente, todo mundo fazia compras nos “bolichos”. Hoje, vão aos supermercados.


Na Cuiabá antiga, quando nasci, não existia antibiótico. Depois, apareceu a penicilina que “curava até defunto”. Hoje, temos tantos antibióticos que para utilizar temos que fazer antibiograma.


Bem antigamente, o excesso matava. Hoje, o excesso de antibiótico poderá não curar.


Bem antigamente, nos divertíamos com o gato perseguindo o rato. Hoje, todo o mundo procura a sorte, jogando na mega-sena.


Na Cuiabá antiga, barulho era ruído que incomodava as pessoas. Hoje, silêncio é sinal de melancolia.


Bem antigamente, macarronada era o prato do almoço de domingo, quando a família se reunia. Hoje, não há mais almoço aos domingos. O vírus não deixa.


Bem antigamente, professor era aquele que ensinava em salas de aulas. Hoje, professor é técnico de futebol brasileiro. Se for estrangeiro é “Mister”.


Na Cuiabá antiga, “dispensar jogadores” era mudar o time. Hoje, para mudar o time “se dispensa o técnico” e ficam os jogadores.


Na Cuiabá antiga, os uniformes dos jogadores de futebol, eram lavados e passados, na “casa do diretor do clube”. Hoje, os jogadores trocam as camisas entre si após as partidas, ou jogam para a torcida.


Gabriel Novis Neves

08-01-2022




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