Olho ao meu redor e não os vejo mais.
Onde estão?
Sei que um dia irei encontrá-los.
No silêncio da vida, um a um vão desaparecendo de mim.
Triste sina sentir que seus amigos já não te telefonarão.
A espiritualidade está em festa com a chegada de mais um irmão.
Nós é que ficamos órfãos quando um de nós sobe.
Ontem foi um, hoje outro, amanhã com certeza será outro.
Estou só na minha grande mesa de reuniões.
Como fazê-las? Sem possibilidade, por enquanto.
O imponderável continua a sua caminhada como se nada houvesse acontecido.
É assim a vida verdadeira.
Sem mentiras, ódios ou rancores.
Sem bens materiais, mesquinharias ou poderes.
Tempo passado.
De muitos estudos acumulando conhecimentos e cultura.
Íntegro e ético avaliava como poucos seus semelhantes e nunca os ofendeu.
Ofendido jamais revidava.
Por várias vezes visitou a Europa em viagens de aprendizagem.
Os EUA, muitas vezes, por possuir irmã, cunhado e sobrinhos americanos.
Meu compadre, amigo e colega.
Assim era Fernando Pace (*), que nos deixou.
Pobre e íntegro.
Deixou de legado uma legião de amigos e admiradores.
Ontem à tarde no telefonema que seria o último, me disse: “Muito obrigado”!
Gabriel Novis Neves
23-01-2022
Inauguração do Teatro Universitário - UFMT, 1982 |
(*)
(*) Fernando Augusto Alves Pace | completaria 79 anos em Março |
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