domingo, 23 de janeiro de 2022

ONDE ESTÃO ELES?


Olho ao meu redor e não os vejo mais.


Onde estão?


Sei que um dia irei encontrá-los.


No silêncio da vida, um a um vão desaparecendo de mim.


Triste sina sentir que seus amigos já não te telefonarão.


A espiritualidade está em festa com a chegada de mais um irmão.


Nós é que ficamos órfãos quando um de nós sobe.


Ontem foi um, hoje outro, amanhã com certeza será outro.


Estou só na minha grande mesa de reuniões.


Como fazê-las?  Sem possibilidade, por enquanto.


O imponderável continua a sua caminhada como se nada houvesse acontecido.


É assim a vida verdadeira.


Sem mentiras, ódios ou rancores.


Sem bens materiais, mesquinharias ou poderes.


Tempo passado.


De muitos estudos acumulando conhecimentos e cultura.


Íntegro e ético avaliava como poucos seus semelhantes e nunca os ofendeu.


Ofendido jamais revidava.


Por várias vezes visitou a Europa em viagens de aprendizagem.


Os EUA, muitas vezes, por possuir irmã, cunhado e sobrinhos americanos.


Meu compadre, amigo e colega.


Assim era Fernando Pace (*), que nos deixou.


Pobre e íntegro.


Deixou de legado uma legião de amigos e admiradores.


Ontem à tarde no telefonema que seria o último, me disse: “Muito obrigado”!


Gabriel Novis Neves

23-01-2022


Inauguração do Teatro Universitário  - UFMT, 1982

(*)
(*) Fernando Augusto Alves Pace

completaria 79 anos em Março









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