Moro em uma torre de vinte andares com vinte apartamentos no Bairro Popular, muito conhecido e apreciado em Cuiabá.
Estamos assistindo, em menos de dois meses, a quarta abertura do asfalto, por erro de programação dos serviços municipais. Incompatibilidades havidas entre água e esgoto, para o desgosto dos moradores do trecho da rua Estevão de Mendonça, entre a Avenida Dom Bosco e a Rua Brigadeiro Eduardo Gomes.
No meu prédio, moradores sugeriram cálculos para o valor dessa obra, feita e refeita várias vezes e paga com o dinheiro do contribuinte, e chegaram à conclusão que esse custo daria para pavimentar um bairro novo.
Os mais idosos recordam que isso sempre foi assim, os jovens que essa situação permanecerá e os mais politizados - não sei o porquê -, debitam essa despesa “inchada” no preço da democracia. Quando criança ouvia falar que a democracia era a “Eterna Vigilância”.
Seja qual for a sua causa, para mim, caso seja isso mesmo, não passaria de “pura incompetência” haver constantes "crateras" na rua, inclusive, desviando o trânsito, transformando o acesso aos nossos apartamentos em uma nuvem permanente de poeira em clima seco, semelhante às ruas dos velhos garimpos do nortão de Mato-Grosso, nas décadas de 70 e 80!
Há, na verdade, muito desleixo com essa obra que começou dia 9 de junho para colocação de um esgoto de bitola pequena, mais parecida com as que servem ao uso domiciliar, para coleta de grandes volumes.
Neste momento minha enfermeira telefona para pedir desculpas pelo atraso, pois que está em enorme fila de carros tentando chegar à minha casa e cumprir com suas obrigações profissionais.
Responsáveis pela malfadada obra da Rua Estevão de Mendonça, seria bom que pudessem pensar nas criancinhas e idosos, os mais atingidos em sua saúde pelo poeirão da incompetência; terminando imediatamente a obra antes que chegue setembro, o mês da floração.
Gabriel Novis Neves
03-08-2021
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