sexta-feira, 6 de agosto de 2021

A QUALIDADE DO ENSINO PÚBLICO


Antes da pandemia da Covid19 que se abateu no mundo e causou inúmeros danos no Brasil, era até “chique” falar mal da nossa escola pública. Com a suspensão do ensino presencial há 18 meses, nossa população,  relativamente aos três níveis de aprendizagem, mudou a sua visão sobre a eficácia do ensino público.


As crianças, principalmente, se desinteressaram do aprendizado e passaram à ficar solitárias, melancólicas, perdendo o foco da sua evolução escolar. No ensino médio, também à distância, os jovens engrossaram a preocupante fila da evasão escolar.


Os pais “descobriram” a importância da socialização na aprendizagem de crianças e adolescentes, só possível com o ensino presencial.


Muitos defendem o ensino “híbrido” só se for ao ensino superior e na pós-graduação, pois as crianças necessitam, e muito, da presença física do professor para desenvolver suas habilidades.


Existe muita demagogia sobre esse tema, me fazendo recordar dos antigos “cursos por correspondência”, sinônimo de ensino de não qualidade - hoje praticamente inexistentes -, como os antigos cursos de nível superior no qual a presença do aluno só era exigida uma vez por mês. Era chamado de curso de “transporte aéreo ou rodoviário”.


Estou me lembrando dos exames de “madureza” nos anos 60, símbolo de corrupção. Geralmente as cidades escolhidas para a realização desses exames, tinham uma população inferior ao número ao número de inscritos.


Certa ocasião, na cidade de Aparecida do Taboado, com cerca de três mil habitantes, foram recebidos cinco mil alunos! O exame foi anulado na hora pelo então Secretário de Educação da época, causando terríveis problemas políticos ao Governador da época.


A pandemia da Covid19 serviu pelo menos para dar credibilidade ao ensino público tão debilitado nos últimos anos. 


Sou a favor da educação presencial como é aceita na formação de certos profissionais, como médicos e outros profissionais de saúde, engenheiros e tantos outros. Ainda funciona o ensino “olho no olho”, felizmente.


Gabriel Novis Neves

02-08-2021

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