De
há muito não temos o que comentar sobre os acontecimentos locais.
São
sempre os mesmos - greve dos médicos, escolas com qualidade de ensino não
compatível com a nossa tradição, transporte coletivo a nos infernizar a vida,
Estado de calor desértico, onde continuamos com o título de campeões de
queimadas de parte da nossa floresta ameaçando, inclusive, o nosso Aeroporto de
Várzea Grande, o Internacional.
Muitas
obras não concluídas espalhadas pelas cidades, especialmente na capital. As que
ficaram prontas estão precisando de reparos urgentes.
Reuniões
daqui, comissões pra cá, lançamento de projetos de obras, constatação de outras
paralisadas por falta de recursos, protocolos de intenções para políticas de
desenvolvimento da região.
A
violência continua desenfreada no Estado e, pisotear sobre esse assunto, é o
mesmo que não ter notícias, pois, diariamente a mídia tupiniquim cobra
providências sem resultados.
Como
aquele ditado que diz, “quem não te conhece que te compre”, os grandes veículos
de comunicação nacional, dia sim e outro também, têm nos premiado com esses
assuntos que, para nós, parecem não mais incomodar.
Nosso
Estado, principalmente sua capital, nunca foi tão divulgado como nesses últimos
meses.
São
denúncias contundentes feitas de longe, mas, os moradores da terrinha já
metabolizaram a conviver com elas, e não chegam nem mais a se incomodar.
Habitantes
de fora do Estado indagam sempre sobre o que aconteceu por aqui, motivo de
tanta divulgação negativa.
Não
sei explicar tamanha apatia diante de um assunto tão sério que é a imagem do
local em que vivemos.
Talvez
a forte crise financeira que nos atinge tenha induzido ao bloqueio a nossa
rebeldia. Assim como, inflação, desemprego e projetos delirantes ao nosso
desenvolvimento, como o transoceânico.
Os
jovens, criados sem esperança, não estão nem aí para o que acontece em nosso
Estado.
Os
velhos acham que o seu prazo de validade para a luta está vencido.
O
resultado é a humilhação diária que sofremos dos meios de comunicação nacional.
Como
virar este jogo?
Gabriel
Novis Neves
21-09-2015
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