Que
o Brasil é conhecido como o país do jeitinho, todos sabem. Com os escândalos do
mensalão e do petrolão a nossa situação de credibilidade ficou bastante
comprometida, atingindo patamares tão baixos, que chamaram a atenção a nível
internacional.
Leio
no Jornal O Globo uma matéria que todos já desconfiavam há tempo: estão
maquiando os resultados dos exames do Enem!
Certas
escolas aplicam artifícios para aparecerem bem no ranking do exame nacional do
ensino médio (Enem), porta de entrada para o ensino superior, criando um falso
perfil da qualidade do ensino do nosso país.
Triste
pensar que isso também é feito na educação, onde selecionamos os futuros universitários,
esperança de uma nação melhor, mais justa, de oportunidade para todos e
competitiva neste mundo moderno. Crimes como estes nos tiram toda a esperança
de dias melhores!
Falsos
alunos, de falsas escolas, em falsas universidades, formando falsos
profissionais.
São
“alunos” profissionais para exames do Enem.
A
criatividade para mascarar a verdade parece até que está no nosso DNA, coisa
com a qual não concordo. Faz parte apenas de um governo acostumado a lidar com
a mentira e com a omissão.
Espertalhões
comerciantes do ensino, fantasiados de educadores, cujo único compromisso é o
lucro, e nunca o preparo da nossa juventude e o desenvolvimento desta nação,
inventaram manobras “legais”, porém não morais, de colocarem os melhores alunos
de escolas consagradas em exames nas escolas de qualidade duvidosa.
Essas
falsas escolas, com bons índices de aprovação e trabalho de marqueteiros
competentes, passam a ser consideradas de excelência, aumentando
estratosfericamente as suas mensalidades.
O
colégio rígido de ensino “empresta” seus melhores alunos para congêneres de
qualidade inferior.
O
Ministério da Educação é sabedor desse truque criminoso que beneficia escolas
de qualificação inferior, e providências estão sendo adotadas.
Esse
malabarismo é mais acentuado em São Paulo e nas grandes capitais, estando,
entretanto disseminado por todo o nosso território.
Enquanto
o governo não melhorar o ensino público, principalmente o médio, ficaremos à
mercê de malandros, que ousam até falsificar alunos em colégios para ganhar
dinheiro.
Espero
que também na área social, especialmente nas da educação e da saúde, surjam
operações moralizadoras para o bem deste país.
Gabriel
Novis Neves
10-08-2015
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