O
governo do Estado, no período de 1966-1971, acreditava que o desenvolvimento
das nossas cidades se daria em direção a São Paulo, a capital do progresso.
Assim,
seus grandes projetos eram alocados ao longo das rodovias, cujo destino era a
cidade da garoa.
A
construção das duas “Cidades Universitárias”, hoje sedes da nossa Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS) em Cuiabá e Campo Grande, respectivamente, são provas desse momento
histórico.
Ambas
estão às margens das vias com destino a São Paulo.
Falando
de Cuiabá, o antigo distrito do Coxipó da Ponte passou a ser um bairro charmoso
da capital.
Inúmeros
núcleos habitacionais, restaurantes, casas de diversão e comércios de grande
importância econômica foram implantados na região revitalizada, assim como os
primeiros condomínios.
A
cidade crescia nessa direção, até que o governador José Fragelli resolveu
apostar no equilíbrio da cidade e implantou, em “pleno mato”, a sede do governo
do Estado.
Projeto
audacioso para a época, hoje totalmente consolidado com bairros periféricos,
cuja população só perde para Cuiabá e Várzea Grande.
Refiro-me
ao CPA, verdadeira cidade dentro da capital.
No
início da transferência do emblemático Palácio Alencastro, que representava o
poder, para uma área pioneira, a digestão não foi fácil.
Passados
quarenta anos da histórica decisão ninguém mais discute o acerto da opção.
Por
ocasião da última Copa dos 7X1, quando fomos uma das subsedes, perdemos a
oportunidade de ocupar um grande vazio na nossa região metropolitana.
Se
a nova Arena tivesse sido construída em área ainda virgem de grandes
equipamentos sociais, como hotéis, restaurantes, shoppings e bairros novos,
equilibraria o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade.
O
passado não se discute, mas as prioridades estão em contínua mutação.
Isso
é o que nos ensina a história.
Gabriel
Novis Neves
25-09-2015
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