“Quem
não tem cão, caça com gato”, diz o adágio popular.
Assim
estamos nesta terrinha das leis não respeitadas, aliadas à exigência de
abundantes documentos para pequenas causas, como, por exemplo, registrar um
pequeno imóvel.
São
tantas as alterações que se faz na legislação para proteção de demandas
administrativas, que o cidadão trabalhador e honesto necessita contratar banca
especializada de excelentes advogados para entender a burocracia implantada
neste corrupto país.
Para
receber uma minúscula aposentadoria o trabalhador tem de se deslocar até a
agência governamental munido de farta documentação para provar que ainda está
entre os habitantes do planeta Terra.
Em
compensação, assistimos pela televisão milhões de reais sendo entregues em
espécie na residência dos representantes do povo no Congresso Federal - eleitos
com o nosso voto para nos proteger dessas misérias.
Esses
seres privilegiados, que constituem verdadeiras castas, não precisam apresentar
documentos, enfrentar filas, assinar recibos, pois “ele” – o dinheiro - chega
contadinho dentro de um envelope em sua residência por intermediário
“competente” do sistema.
São
tantas as injustiças que o poder vigente nos impõe, que a maioria da nossa
população, descrente de tudo e de todos, deixa as coisas como estão para ver
como é que ficam!
A
capacidade de indignação da nossa gente está totalmente esgarçada diante das
barbaridades do nosso dia a dia. Estamos enfraquecidos na nossa crença de um
país mais justo e para todos, e só no aguardo de um milagre que possa nos
salvar.
A
miséria voltou a crescer e a pobreza atingiu grandes camadas da nossa
população.
Os
ricos não estão nas universidades, fábricas ou trabalho construtivos, mas sim,
alojados nas asas dos poderes da República, produzindo dificuldades aos
trabalhadores e se locupletando dos cofres públicos.
Esta
é a nossa democracia morena, onde os pobres continuarão caçando com gatos.
Os
cães se alojam em palácios.
Ah!
Meu Brasil!
Gabriel
Novis Neves
22-08-2015
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