quinta-feira, 1 de junho de 2023

CONVERSA BOA SEMPRE AJUDA


Ontem à noite conversei com um colega da universidade com quem sempre aprendo.


Ele é da economia e eu da saúde, mas sempre nos entendemos quando o assunto é o social.


Aliás, sempre me dei bem com essa classe no trabalho de grupo que realizamos.


Um dos primeiros economistas de Cuiabá, foi o meu irmão Pedro Novis, mais dedicado à estatística e matemática.


Como o Fernando Pace, de Aquidauana, especialista pela USP em saúde pública.


Outros pioneiros que trabalhavam comigo, incluo o Édson de Souza Miranda, da área de execução orçamentária e Sonia Maria Pereira, responsável durante todo o meu mandato de reitor (1971-1982) pelo setor financeiro da UFMT.


Sempre tive afinidade com os economistas no meu trabalho como gestor universitário.


Nessa conversa pelo telefone discutimos muito os conceitos de crescimento econômico, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e suas consequências.


Modernamente o economista Delfim Neto defendia a tese que devíamos deixar o bolo crescer (crescimento econômico), para depois repartí-los.


Seria na sua teoria o crescimento econômico com o desenvolvimento social.


Houve o crescimento econômico, e nunca a distribuição do bolo (renda), gerando a desigualdade social, mãe de grande parte dos nossos males sociais.


Desde criança ouço dizer que o governo não tem dinheiro.


Segundo o economista da conversa, o Brasil tem muito dinheiro, cada vez mais, mas não investe no social como deveria.


São impostos insuportáveis, salários e benefícios de marajás para algumas categorias de funcionários, obras nababescas adiáveis.


Enquanto isso faltam, médicos e medicamentos nos postinhos de saúde.


As escolas fundamentais são de péssima qualificação, não preparando o aluno pobre para o vestibular nas universidades federais que são gratuitas.


Faltam estradas, rodovias, ferrovias para o escoamento das nossas riquezas dos campos.


Existe o subemprego, desemprego e desvio de função, agravando mais o nosso problema social em um Estado crescido economicamente.


Tudo isso causa desigualdade nas classes, gerando a violência.


Parece tão fácil o que nosso economista aconselha, mas sai governo entra governo, e o bolo continua crescendo.


Precisamos repartí-lo para todos.


Gabriel Novis Neves

03-05-2023




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