terça-feira, 23 de agosto de 2022

OS NOVE FILHOS DO BUGRE


Sou de uma família numerosa de nove irmãos, sendo cinco mulheres e quatro homens.


Dos homens, dois têm nomes bíblicos, e seus nomes são muito empregados.


Gabriel o primogênito, recebeu o nome do seu avô paterno, Gabriel. Também do Arcanjo enviado por Deus e que veio à terra comunicar ao casal José e Maria que seu filho Jesus viria à terra e nasceria do ventre de Maria, e que esta continuaria virgem, antes, durante e após o parto.


Por esse fato Gabriel passou a ser um nome universal.


Pedro, o terceiro filho do casal Bugre e Irene, e o segundo homem, homenageou ao Discípulo de Jesus, que herdou as Chaves do Paraíso e foi o primeiro PAPA da era pós-Cristo.


Foi também o protetor da família Novis Neves, cujo sustento da mesma foi graças ao Bar Moderno (Bar do Bugre), que se deu ao luxo de educar três filhos homens no Rio de janeiro, sendo dois médicos (Gabriel e Inon) e um economista (Pedro), já falecido.


Inon, o quarto filho e o terceiro homem. Durante todos esses anos, pesquiso esse nome para ver se acho alguém com esse nome.


Por incrível que pareça, encontrei um Inon na minha turma de medicina.


Procurei saber, dizendo ter um irmão com esse nome, se poderia me explicar a origem do seu nome.


Ele me respondeu que sua mãe havia lido algo com esse nome, achou bonito e colocou como seu nome, e ele era seis anos mais velho que o meu irmão e carioca.


Inon, durante cinquenta anos exerceu intensamente a clínica pediátrica, sendo muito apreciado pelas mães dos seus clientes, mas nenhuma ousou homenageá-lo com o seu nome nos seus filhos.


Olyntho, com Y e TH era o nome do meu pai, o sétimo filho e o quarto homem. Era uma homenagem ao meu pai que se chamava Olyntho Neves.


No Brasil é fácil saber se um nome é popular ou não, basta assistir aos jogos de futebol e constatar.


No time principal do Flamengo existem dois atacantes, um é o Gabriel Barbosa e outro é o Pedro.


É impressionante o número de jogadores com o nome de Gabriel.


Nunca tive notícias de algum jogador de futebol com o nome de Olyntho, muito menos de Inon.


Minha mãe entre tantas outras qualidades, uma era de ser artesã com alma poética.


Conta que certa ocasião bordou duas fronhas de algodão branco, uma com as iniciais e sobrenome de solteira, em letras bem aumentadas, fazendo o mesmo com o meu pai.


Ao vestir os travesseiros e colocando-os um ao lado do outro, surgiu o nome INON, Irene Novis e Olyntho Neves.


Yara segundo filho e primeira filha, é um nome indígena e significa a rainha das águas. Muito celebrada nos cultos afro-brasileiros. Festejada especialmente no dia oito de dezembro e na passagem do ano, nas praias oceânicas brasileiras.


Não é um nome muito comum.


Ylcléa quinto filho e segunda mulher, é um nome raro. Perguntei a minha mãe a origem desse nome pouco comum. Me respondeu que leu numa revista, gostou, guardou na cabeça o nome, e colocou com a letra Y.


Antonieta sexto filho e terceira mulher, foi uma barbada escolher o nome. Homenageou as duas avós, a materna e a paterna dando o nome de Antonieta Eugênia a sua terceira filha mulher (já falecida).


Aracy o oitavo filho e quarta mulher. Homenageava uma tia querida irmã de papai. Com o nascimento da Aracy, imaginava-se encerrada a família Novis Neves, com quatro homens mais velhos e quatro mulheres mais jovens, pouca coisa.


Ana o nono filho e quinta mulher. Minha mãe não teve a menor dificuldade de escolher o nome, pois ela nasceu dia de N.S de Santana. Já era estudante de Medicina e dei uma dica à minha mãe para diferenciar das centenas de “Anas” existentes, acrescentar Beatriz. Ficou então Ana Beatriz o caçula da família Novis Neves.


Gabriel Novis Neves

04-07-2022





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