terça-feira, 15 de agosto de 2023

COMO ESTOU BEM


Só me recordei que o dia 13 de agosto passado foi o “Dia dos Pais”, no horário do almoço.


Costumo almoçar aos domingos em companhia da minha cuidadora.


O almoço da família foi transferido para os sábados quando nos reunimos para celebrar a semana.


Quando meus filhos homens chegaram ao meio-dia do dia 13 para almoçar comigo é que me lembrei da data tão significativa para o comércio.


O filho mais velho, trouxe uma costelinha de boi desfiando de tão bem assada, e veio acompanhado da sua filha empresária de saladas e bacharel em Direito.


O caçula chegou com a mulher e filha médica. Comprou um filé de bacalhau com tempero especial.


Tiraram várias fotografias comigo.


Minha filha com o marido foram festejar a data com as suas duas filhas, genros e netos, e amigos, em um restaurante da cidade.


À noitinha a minha filha veio me abraçar, morrendo de cansada e tirou fotos comigo de rosto colado.


Na minha idade, meus filhos fazem questão de fotografar esses encontros, pois poderão ser o último comigo.


Eles nunca me disseram nada, mas eu percebo que eles não confiam no meu futuro.


Sei que o meu futuro é hoje.


O amanhã é lucro, presente de Deus.


Eu estou muito bem comigo, pois não senti falta desse almoço familiar não programado no domingo, mesmo sendo o “Dia dos Pais”, sempre comemorado aqui no Brasil, no segundo domingo de agosto.


De um modo geral as pessoas ficam ligadas a esse dia que recebe toda a atenção das empresas de marketing e comunicação.


Nos meus tempos de criança não me lembro da comemoração dessa data, quase como obrigação.


Passei muitos anos longe do meu pai a quem muito amo, e não o esqueço.


Se alguém quiser me homenagear, homenageiam o meu pai.


Graças aos seus esforços, me oferecendo condições de estudar em uma cidade onde existia ensino superior, sou médico.


Minha vida com o meu pai foi de muito amor e respeito.


Graças à Deus tudo de importante que aconteceu em minha vida, tive oportunidade de compartilhar com ele, vivendo sempre ao seu lado ao retornar dos estudos à minha cidade natal.


Lembro-me diariamente dele e sinto saudades.


Celebro o “Dia dos Pais”, recordando do meu pai, que tudo fez para que eu fosse um homem útil à sociedade.


Recebi presentes úteis dos meus filhos, sendo o maior da minha neta médica, dizendo que eu não tenho cara de velho (88) e nem tampouco “cheiro de velho”!


Só assim descobri que velho tem cheiro!


Gabriel Novis Neves

14-08-2023




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