Das novas tecnologias ao nosso alcance a que mais me encanta é a internet.
Não fui da geração da internet, mas o primeiro computador, foi a UFMT que trouxe.
Instalei-o em um imenso laboratório de pé direito alto no antigo bloco do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, no início dos anos setenta.
Era um imenso IBM 11.3, doação da PUC do Rio de Janeiro através do seu Pró-Reitor de Desenvolvimento Carlos Alberto Serpa de Oliveira, hoje Presidente da Fundação Cesgranrio.
O laboratório tinha que estar muito bem refrigerado, e o pessoal que trabalhava lá bem agasalhado.
Toas às vezes que entrava na sala do computador saía de lá, mesmo agasalhado, com dor de garganta e não raro com febre.
Seus professores e técnicos foram treinados na PUC do Rio de Janeiro, e vistos como seres capazes de mexer com aquela engenhoca, novidade para nós.
Só os alunos das ciências exatas e tecnologias, tinham aulas práticas de computação, causando uma ciumeira nos seus colegas.
Não sei se esse computador ainda está nossa universidade federal.
Achava a coisa mais difícil trabalhar com aquela máquina.
Aprendi alguma coisa de internet por insistência da minha mulher, depois de aposentado.
Ela comprou um moderno notebook para o escritório da nossa casa e contratou um técnico para ensiná-la.
Logo aprendeu a nova linguagem eletrônica e passou a fazer pelo notebook todos os serviços domésticos, como: pagar boletos de mensalidades, enviar mesada para os meninos, fazer compras e copiar receitas, especialmente de sobremesas.
Acompanhava os movimentos bancários, o que faço hoje pelo celular via PIX.
Minha mulher e o professor de informática me ensinaram a ligar e desligar o notebook, e a digitar o essencial há vinte anos.
Uso mais o meu pequeno computador de bolso, que é o celular, que o notebook com grande tela.
Digito com o dedo maior da minha mão direita o teclado do computador, “catando o milho”, como se diz.
Envio documentos à minha contadora, leio e respondo as mensagens recebidas por e-mails.
O forte da minha correspondência é pelo WhatsApp do meu celular.
No notebook tenho aplicativos para participar de reuniões e entrevistas à distância.
Só escrevo minhas crônicas no Word, sem rascunhos.
Ontem apareceu na telinha do computador – “Ameaça neutralizada”- avisando de um provável ataque por vírus.
Apagava o aviso e logo ele voltava.
Vendo que não poderia continuar trabalhando, liguei para o técnico que sempre me atende.
Ele estava ocupado na sua oficina e me disse que chamaria às 14 horas.
No horário combinado pediu o ID e a senha do meu Team Viewer.
De posse desses dados, da sua oficina, entrou no meu notebook.
Foram quase duas horas de trabalho, e eu do meu escritório acompanhava a sua varredura, e jamais poderia imaginar que em tão pouco tempo seria possível vascular tantas anotações dos arquivos.
Trabalho realizado com competência e rapidez pelo técnico e respostas da máquina, com o desparecimento do aviso até hoje.
Foi uma tarde de reflexão frente à invenção de um gênio, que sem essa ajuda, hoje seria difícil viver em todos os setores da sociedade.
Gabriel Novis Neves
29-03-2023
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