segunda-feira, 24 de abril de 2023

CRÔNICAS PUBLICADAS


Dia desses o editor do meu blog me comunicou que já publicou a crônica de número três mil no meu livro eletrônico.


Ele estava estranhando o fato de ter deixado passar em brancas nuvens sem uma simples linha sobre o feito conquistado em menos de catorze anos.


Outras tantas escrevi e, não sei porque, não as publiquei.


Depois de escrevê-las, ler e relê-las revisadas pela Cristina Meirelles, envio ao editor para a publicação.


Publicadas, não gosto de lê-las.


Acho “esquisito” esse meu comportamento, mas nunca perguntei a ninguém sobre esse meu hábito e vou vivendo assim, escrevendo e publicando sem contá-las.


O Diretor do Museu de Zoologia da USP Paulo Vanzolini, vinha muito a nossa universidade proferir palestras e cursos atendendo convites dos nossos professores e alunos do curso de História Natural.


Realizava pesquisas no Pantanal, e o contato era com o “mateiro” Raul José (Criador e 1º Diretor do Zoológico da nossa UFMT), que já o conhecia de São Paulo quando se tornaram amigos.


Vanzolini era médico formado pela USP em 1947 e dirigiu o Museu de Zoologia daquela Universidade por 31 anos.


Foi um brilhante cientista, pesquisador, músico e boêmio, sendo autor de grandes sucessos musicais como: Ronda, Volta por Cima, Samba Erudito, Praça Clóvis, Chorava no Meio da Rua, Na Boca da Noite, Amor de Trapo e Farrapo, Cara Limpa, Capoeira do Arnaldo, Cravo Branco.


Gravou 52 músicas com cantores e cantoras famosas, e “Ronda” foi o seu maior sucesso.


Certa ocasião após um dia de aulas na UFMT, foi convidado para jantar na casa do Raul José, no Porto.


Maria Helena, mulher do Raul, sua fã musical, sabia letra e música de todas as suas composições.


Para o jantar não se esqueceu do escocês e do violão afinado.


No papo gostoso após o jantar Maria Helena sentada numa cadeira de balanço ao seu lado, pediu que ele cantasse algumas das suas composições.


Ele respondeu que não tocava nenhum instrumento, não sabia cantar e assim que terminava as suas composições, não gostava de ouvi-las.


Se ela quisesse cantar poderia continuar, pois não o incomodava, não faltando, porém, o velho escocês ao seu lado.


Não querendo nem me comparar com a genialidade do meu colega médico de São Paulo, poeta e cientista que teve a sua obra conhecida e aplaudida por todos – era uma unanimidade, fiquei tranquilo quando soube dessa mania de Paulo Vanzolini.


Escrevo por puro prazer e não sei como editá-la no meu blog.


Apesar de ter ultrapassado mais de 3000 crônicas publicadas no meu endereço eletrônico, não tenho nenhum livro impresso.


Gosto de receber críticas dos meus leitores e a qualidade dos meus textos é daqueles que me acompanham.


Gabriel Novis Neves

21-04-2023




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