Importantíssimo
que todos os responsáveis pela educação infantil saibam diferenciar os valores
apregoados pela sociedade, dos verdadeiros valores éticos. Estarão assim
contribuindo para que a criança exerça a sua cidadania com atitudes íntegras e
solidárias.
Como
diz um velho adágio, “um indivíduo não nasce moral, torna-se moral”.
Os
valores éticos, atualmente bastante desprezados, são os mais importantes para a
formação de um adulto saudável, tanto na sua individualidade quanto na
sociedade em que vive.
No
mundo moderno, em que os pais cumprem tarefas rígidas de trabalho, o que tem se
observado é a terceirização na educação dos filhos. Isso tem contribuído, e
muito, para um total descompasso de ideias e comportamentos na fase adulta.
Pais
e filhos se veem de repente como estranhos que coabitam num clima de total
indiferença, movidos por valores absolutamente desencontrados.
Até
os seis anos de idade, fase em que toda a personalidade é formada, todos os
responsáveis pela orientação dos pequenos aprendizes, deveriam estar, tão
somente, preocupados com o legado ético moral que querem deixar para eles.
No
entanto, o que vemos são crianças assoberbadas por atividades como natação,
cursos de inglês, de mandarim, de judô, de computação, tudo focado no seu
sucesso financeiro futuro.
Dessa
maneira, delas é roubado o melhor tempo da vida, o da infância, em que o ócio
criativo é o grande responsável pelas nossas mais belas memórias.
O
incentivo aos jogos eletrônicos é maciço e, inúmeros pais se vangloriam da
facilidade com que seus filhos manuseiam precocemente máquinas digitais
sofisticadas.
Ocorre
que nessa fase deveriam estar sendo absorvidas, ou não, as noções de
integridade, de solidariedade e de respeitabilidade com o próximo e consigo
mesmo.
Inversamente,
com o aumento da atividade produtiva da sociedade, pais, pouco ou nada
presentes, procuram preencher os espaços de tempo de seus filhos cada vez mais,
imaginando assim estarem contribuindo para uma boa educação.
Um
papel que deveria ser cumprido pelas escolas, infelizmente não ocorre dado às
más condições da educação em nosso país.
O
resultado é o aumento de adolescentes desrespeitosos com os colegas, com os
pais, com os professores, com os idosos, enfim, com a sociedade em que vivem.
Não
há que se culpar os jovens por comportamentos com os quais não concordamos,
mas, tão simplesmente, corrigir os erros de formação através de uma cultura
educacional mais moderna e mais eficiente, dissociada do que nos impõem as
diversas mídias que, logicamente, se mostram comprometidas com um sistema
desumano que prioriza o ter e não o ser.
Com
o distanciamento dos valores éticos pela família, e, posteriormente, pelas
escolas, formam-se seres competitivos, totalmente dirigidos ao sucesso material
e emocionalmente bastante anestesiados.
Gabriel
Novis Neves
01-12-2013
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