Fui
a um Natal de crianças e durante o meu tempo de permanência na festa fiquei
observando a alegria dos pequenos.
Um
pirulito embrulhado com papel transparente foi o sucesso da noite.
Transformaram-no
em carrinhos, enquanto envelopados, desfilando pelo chão do salão, demonstrando
uma felicidade transmitida pelos seus brilhantes olhinhos.
Os
presentes caríssimos e sofisticados em caixas volumosas, mais para agradar aos
seus pais, não lhes interessavam.
As
idades desses pequerruchos variavam de um a quatro anos de idade. Dançavam, um
tentando imitar o outro, numa demonstração de alegria sem fim, pouco importando
a presença de adultos.
Muitos
não sabiam ainda se comunicar com a fala, mas se entendiam perfeitamente por
mímica, sem o mínimo de inibição.
Deitavam
e rolavam pelo chão do salão sorrindo e falando e, em nenhum momento presenciei
tédio ou cansaço.
Briga
ou discussão entre eles, nem pensar. Os mais novinhos atentos para aprender as
brincadeiras.
Como
são felizes as crianças inocentes! Para elas tudo se resume a diversão e lazer,
onde as barreiras sociais não existem.
Fazem
o que lhes dão satisfação.
Tão
diferente dos adultos que, na sua imensa maioria, mesmo em festa natalina, não
deixaram de utilizar o seu celular para enviar mensagens.
Teclaram
a noite toda! Tão distantes das brincadeiras não programadas e ensaiadas das
crianças que acabaram de se conhecer.
Como
era bom ser criança, em que os valores do consumismo ainda não tinham nos
contaminado!
O
adulto incorpora valores materiais, achando ser este o caminho da felicidade.
Quando percebem o erro, o tempo já passou e só resta o sofrimento.
Alguns
suportáveis, outros necessários a ajuda médica especializada.
“Nunca
ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de uma criança”. Victor Hugo,
escritor francês.
Gabriel
Novis Neves
28-12-2015
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