Ultimamente
os responsáveis pelo ensino superior no Brasil têm alertado as autoridades
federais para o excesso de cursos universitários existentes, especialmente os de
Direito e Medicina.
Só
aqui em Mato Grosso possuímos, por enquanto, seis escolas de medicina, sendo
três federais (Cuiabá, Sinop e Rondonópolis), uma estadual (Cáceres) e duas
privadas (Cuiabá e Várzea Grande).
Dessas,
apenas as de Cuiabá estão respeitando algumas normas do Ministério da Educação
(MEC).
Em
termos mundiais somos o segundo país em número de escolas médicas.
Possuímos
o dobro de escolas médicas dos Estados Unidos da América do Norte (USA) e da
China, só perdendo para a Índia, que possui mais de um bilhão e trezentos
milhões de habitantes.
Na
verdade, não temos falta de médicos em nosso país, apenas uma má distribuição
desses profissionais pelo território nacional.
Mesmo
em condições adversas produzimos excelentes médicos, inclusive aqui em Cuiabá.
Em
outras áreas sim, existe excesso de profissionais em nossa pátria.
Isto
ficou bem evidente durante essas crises política, financeira e ética,
desaguando na operação Lava Jato, que está demonstrando, com provas
consistentes, o quanto se roubou nesta nação.
Um
grande número de analistas políticos preenche as programações dos meios de
comunicação vinte e quatro horas por dia.
Interessante
que a maioria desses “especialistas” é porta-vozes do “quanto pior, melhor”.
E
o que nos informam é a repetição da repetição em clima de catástrofe.
Esquecem
os ilustres comentaristas econômicos e políticos que o mundo é dominado pelo
capitalismo, e o dinheiro tem de mudar de região para seus proprietários
usufruírem maiores lucros e voltar tudo como antes.
Crise
imobiliária nos Estados Unidos, crise na Europa, crise na China e, roubo à
parte, crise no Brasil. São movimentos cíclicos que existem como característica
do capitalismo.
Os
“palpiteiros” do nosso futuro econômico funcionam como meteorologistas do século
passado, errando muito em suas previsões.
O
momento também ajuda, pois, em um país onde reina a hipocrisia, tudo é
possível, especialmente com o desleixo na criação de cursos superiores e
inflação de escolas de medicina, em que dobramos o seu número em apenas doze
anos.
Gabriel
Novis Neves
06-09-2015
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