Parece
paradoxal esse título, mas é exatamente o que nos passa esse mundo moderno em
que, apesar de conectados, estamos a cada dia mais sozinhos.
A
necessidade de serem aprovados nas suas ideias e comportamentos leva as pessoas
a se exporem através das redes sociais, às vezes, de maneira excessiva.
Fomos
tragados pela tecnologia! O que é uma
maravilha! Mas, em alguns casos, pode ser muito danosa!
Algumas
pessoas, principalmente as mais jovens, querem estar conectadas durante todo o
dia, e já não conseguem ter um pensamento próprio, até porque todas as crenças
mudam em muito pouco tempo.
Tudo
isso é assustador, uma vez que o número de dependentes digitais só faz crescer
em todas as partes do mundo.
A
falta total de privacidade, aliada à falta de liberdade de pensamento, já faz
parte das pesquisas feitas pelas diversas mídias que catalogam pessoas pelas
tribos às quais pertencem - alheias às suas preferências e comportamentos
individuais.
Elas
apenas seguem prazerosamente o coletivo.
Daí
o melancólico termo “seguidores” a esses pobres coitados que, lamentavelmente,
“seguem uma determinada pessoa ou um determinado grupo”.
Assusta-me
que, inclusive, alguns idosos percam o seu precioso escasso tempo envolvidos em
redes sociais e nas banalidades que muitas vezes as acompanham.
O
aumento das mensagens recebidas, se levadas a sério, e, portanto, dentro do
politicamente correto respondidas, já inviabilizam o tempo para o ócio
criativo, esse sim, fundamental para um bom funcionamento cerebral.
Não
sou contra a tecnologia, mas é preciso que as pessoas permaneçam lúcidas o
suficiente para continuarem utilizando a informática a seu favor, e não, como
um fator de embotamento aos seus sentidos, aos seus sentimentos e,
principalmente, à sua inteligência.
Continuo
duvidando muito da substituição do “olho no olho” ou de um abraço por qualquer
outra forma de contato que não priorize preencher o grande vazio que costuma
povoar o ser humano.
Todo
o resto é pura fuga.
Gabriel
Novis Neves
06-09-2015
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