Aumentar
contingentes policiais nas ruas em nada contribuirá para que milhares de
jovens, absolutamente sem perspectivas, parem de fazer os famosos arrastões
pelas praias do Rio de Janeiro durante os finais de semana ensolarados.
As
autoridades detentoras do poder público precisam vivenciar as ruas, e não, se
encastelarem em suas mansões, seus helicópteros, seus jatinhos.
Moradores
da orla da zona sul há muito advertem sobre o aumento da violência, visível a
cada verão.
As
periferias que abraçam a cidade dão sinais de que não mais aceitam o estado de
abandono e descriminação com que são tratadas há décadas.
Belos
fins de semana são convites ao deleite nas mais belas praias do mundo, até
porque, é o único espaço democrático que sobreviveu à fúria da comercialização
brutal da cidade.
As
periferias, totalmente abandonadas, suas praias poluídas, piscinas, as poucas
existentes, contaminadas, ausência de saneamento básico, enfim, a injustiça
social avassaladora.
Continuamos
confiando naquele bom humor carioca, na sua índole pacífica, mas, a realidade
mostra que isso está desaparecendo com o agravamento da crise socioeconômica.
São
quinhentos e seis comunidades em busca de entretenimento e diversão a preço
baixo.
A
luta de classes, antes despercebida no país, vem visivelmente se acirrando,
inclusive através das redes sociais.
É
preciso que o sistema educacional leia imediatamente todos os sinais que a
sociedade está mostrando a passos muito rápidos.
A
hora é de ações educativas imediatas, ou mergulharemos todos num grande
conflito social de proporções incalculáveis.
Gabriel
Novis Neves
25-09-2015
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